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Pré-sal levará tempo para ser desenvolvido, diz a Total

O atraso acontecerá basicamente pelas limitações de investimento da Petrobras

Plataforma de petróleo da Total: diretor-geral da petroleira francesa reclamou do custo Brasil, que, segundo ele, pode sufocar a indústria nacional (Total E&P UK via Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 15h34.

Rio - O diretor-geral da petroleira francesa Total no Brasil, Denis Besset, disse nesta quarta-feira, 9, que o pré-sal brasileiro pode levar o dobro do tempo para ser explorado e desenvolvido por causa da exigência da Lei de Partilha de que a Petrobras seja operadora única.

"O que se poderia fazer em 15 anos vai se fazer em 30 anos ou mais", disse, em mesa-redonda no IX Fórum Ibef de Óleo e Gás, promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) no Rio. "É uma lei que não favorece a otimização do desenvolvimento do pré-sal."

O atraso acontecerá basicamente pelas limitações de investimento da Petrobras. O presidente da BG no Brasil, Nelson Silva, também fez coro e disse que esta é uma posição da indústria, já manifestada inclusive pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).

Besset também reclamou do custo Brasil, que segundo ele pode sufocar a indústria nacional. E criticou as regras punitivas para descumprimento das normas de conteúdo local.

O executivo propõe que as multas, caso aplicadas, sejam revertidas para o desenvolvimento da cadeia de fornecedores, em vez de serem remetidas ao governo.

"O sistema existente é punitivo. Se não se cumpre, paga-se uma multa forte, de centenas de milhares de reais. Poderia haver uma obrigação de se investir na cadeia de investidores."

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"O que se poderia fazer em 15 anos vai se fazer em 30 anos ou mais", disse, em mesa-redonda no IX Fórum Ibef de Óleo e Gás, promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) no Rio. "É uma lei que não favorece a otimização do desenvolvimento do pré-sal."

O atraso acontecerá basicamente pelas limitações de investimento da Petrobras. O presidente da BG no Brasil, Nelson Silva, também fez coro e disse que esta é uma posição da indústria, já manifestada inclusive pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).

Besset também reclamou do custo Brasil, que segundo ele pode sufocar a indústria nacional. E criticou as regras punitivas para descumprimento das normas de conteúdo local.

O executivo propõe que as multas, caso aplicadas, sejam revertidas para o desenvolvimento da cadeia de fornecedores, em vez de serem remetidas ao governo.

"O sistema existente é punitivo. Se não se cumpre, paga-se uma multa forte, de centenas de milhares de reais. Poderia haver uma obrigação de se investir na cadeia de investidores."

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