PPSA prevê arrecadar R$500 mi com leilão de 2,8 mi barris da União
Leilão irá celebrar quatro contratos para a venda do petróleo da União produzido, pelo período de um ano, nos campos de Mero, Sapinhoá e Lula
Reuters
Publicado em 13 de abril de 2018 às 18h47.
Rio de Janeiro - A Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) prevê realizar em 16 de maio o primeiro leilão na bolsa paulista B3 para venda de petróleo da União, com previsão de arrecadação de 500 milhões de reais, durante o segundo semestre deste ano e o primeiro de 2019, com a venda estimada de 2,8 milhões de barris.
A afirmação foi feita à Reuters pelo presidente da estatal responsável por comercializar o petróleo do governo, Ibsen Flores.
O leilão irá celebrar quatro contratos para a venda do petróleo da União produzido, pelo período de um ano, nos campos de Mero, Sapinhoá e Lula, na Bacia de Santos, e Tartaruga Verde, na Bacia de Campos.
"A gente começa (agora) a trazer receita para a União... atingindo nosso objetivo, que é maximizar o resultado dos contratos de partilha e dos acordos de unitização", disse Flores, em uma entrevista por telefone.
O edital com as regras para o certame foi publicado no site da companhia, nesta sexta-feira.
Os contratos poderão ser adquiridos por um único comprador ou por empresas diferentes.
O vencedor irá adquirir toda a produção do respectivo campo durante um ano, remunerando a União a cada retirada de carga, de acordo com a proposta de preços ofertada no leilão, baseada no Preço de Referência do Petróleo (PRP), determinado mensalmente pela Agência Nacional de Petróleo ( ANP ).
O edital ficará aberto para consulta pública até o dia 24 de abril.
Ibsen afirmou acreditar em um leilão competitivo. Segundo ele, são esperadas petroleiras que já produzem no Brasil e empresas de comercialização de petróleo, que tenham navios de posicionamento dinâmico para retirar suas cargas.
Petróleo em oferta
O campo de Mero, a 170 quilômetros do litoral do Estado de Rio de Janeiro, é responsável pelo maior volume de petróleo a ser ofertado, com produção de um ano da União estimada em 1,6 milhão de barris.
Mero fica na área de Libra, primeira a ser ofertada sob regime de partilha de produção, em 2013, detida por um consórcio formado por Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC.
As demais áreas --Lula, Sapinhoá e Tartaruga Verde-- são regidas sob regime de concessão. No entanto, suas reservas extrapolam o limite do contrato para áreas do pré-sal, da União, que apenas podem ser exploradas pelo regime de partilha.
Dessa forma, os volumes devidos à União serão leiloados pela PPSA.
No caso de Lula, o volume da União de um ano estimado é de 600 mil barris de petróleo. A área pertence ao consórcio formado por Petrobras, Shell e Petrogal.
Já de Tartaruga Verde, detida apenas pela Petrobras, o volume a ser leiloado é estimado em 480 mil barris de petróleo, enquanto de Sapinhoá, que pertence ao consórcio Petrobras, Shell e Repsol Sinopec, é de 120 mil barris.