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Portugal realiza 1ª emissão de dívida após resgate

O país colocou nesta quarta-feira no mercado 3,757 bilhões de euros a três anos na primeira emissão de dívida a longo prazo

Moedas de euro: a oferta de troca de obrigações afetava títulos com vencimento em setembro do ano que vem e a juros de 5,45% (Louisa Gouliamaki/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2012 às 11h52.

Lisboa - Portugal colocou nesta quarta-feira no mercado 3,757 bilhões de euros a três anos na primeira emissão de dívida a longo prazo desde seu resgate financeiro, há 16 meses, através de uma troca de obrigações com vencimento em 2013.

O Tesouro luso trocou, no entanto, apenas 40% dos títulos suscetíveis de serem substituídos pela nova emissão, segundo explicou o secretário de Estado responsável pela operação, Luis Morais Sarmento.

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A oferta de troca de obrigações afetava títulos com vencimento em setembro do ano que vem e a juros de 5,45%, que podiam ser trocados com a dívida emitida hoje a três anos (outubro de 2015) e um cupom fixo de 3,35 %.

O total máximo previsto da emissão de hoje superava os 9,6 bilhões de euros, mas fontes do mercado a consideraram um êxito por ser a primeira vez que Portugal chega aos mercados na busca de financiamento a longo prazo.

O guarda-chuva financeiro do resgate de 78 bilhões de euros concedido em maio de 2011 a Portugal pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) conclui dentro de um ano, quando o Tesouro luso deverá voltar a obter recursos exclusivamente dos mercados.

No entanto o bônus português a dez anos, que serve de referência, era negociado hoje a juros considerado ainda insustentáveis, de quase 9%.

Esse era o mesmo nível dos títulos lusos quando Portugal pediu o resgate e, apesar do respaldo financeiro internacional, seguiram subindo e chegaram a ultrapassar 17 % no final de janeiro.

Os analistas lusos interpretaram o resultado da emissão de hoje como uma demonstração de confiança e interesse dos investidores na dívida portuguesa.

Desde que está sujeito ao programa de assistência internacional o governo luso foi aos mercados apenas para emitir dívida a curto prazo, primeiro a três e seis meses e ultimamente a 12 e 18.

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