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'População brasileira vai sentir no bolso', diz chefe da embaixada da Ucrânia, sobre acordo de grãos

Segundo diplomata, o mundo pode enfrentar mais fome e inflação com decisão do Kremlin

A Ucrânia exportou 33 milhões de toneladas. Desse total, quase 1 milhão de toneladas foram para programas de combate à fome (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 21 de julho de 2023 às 07h29.

A saída unilateral da Rússia do acordo intermediado pelas Nações Unidas, que permitia o escoamento de grãos ucranianos, como milho e trigo por meio do Mar Negro, terá impacto direto nos preços dos alimentos em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Segundo o encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach, a carestia desses produtos afetará, principalmente, os mais pobres.

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— Em vários países e no Brasil, os produtores vão ganhar com o aumento dos preços, mas a população mais pobre vai sentir no bolso — disse Tkach ao GLOBO.

Inflação mundial

Ele enfatizou que, no ano passado, para debelar a inflação mundial causada pela invasão da Rússia em seu país e, ao mesmo tempo, garantir o envio de alimentos a nações mais pobres e em desenvolvimento, foi feito o acordo de grãos. O tratado permitiu uma redução de 23,4% nas cotações dos grãos.

A Ucrânia exportou 33 milhões de toneladas. Desse total, quase 1 milhão de toneladas foram para programas de combate à fome.

A posição da Rússia não surpreendeu o governo ucraniano. O diplomata ressaltou que os russos começaram a demorar mais tempo na liberação de navios: por exemplo, de dez embarcações vistoriadas, o número caiu para uma a duas unidades.

— A Rússia estava atrapalhando o acordo de grãos, diminuindo a velocidade, e os portos da Ucrânia estão bloqueados. Cerca de 400 milhões de pessoas dependem dos grãos da Ucrânia — afirmou

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