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Política deve enfraquecer atividade no Brasil, diz FMI

Em um ambiente de baixa confiança e turbulência política, o FMI avalia que o investimento privado deve seguir em "rápido declínio" no Brasil

Christine Lagarde, diretora do FMI: o fundo prevê que o crescimento dos países emergentes vai declinar pelo quinto ano consecutivo em 2015 (Yuri Gripas/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2015 às 17h04.

Nova York - A baixa confiança de empresários e consumidores no Brasil, por causa da difícil situação política, aliada ao necessário ajuste macroeconômico, deve seguir enfraquecendo a atividade doméstica, afirma o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) no documento "Desafios de Política Econômica e Perspectivas Globais", que será apresentado dias 15 e 16 na reunião do G-20, grupo formado pelas economias mais ricas do mundo, na Turquia.

Em um ambiente de baixa confiança e turbulência política, o FMI avalia que o investimento privado deve seguir em "rápido declínio" no Brasil.

A previsão do Fundo é que a economia brasileira tenha contração de 3%, o segundo pior desempenho entre os países do G-20. Para 2016, a expectativa é de novo recuo da atividade, de 1%, a pior taxa do grupo dos 20 países.

Só a Rússia, entre as grandes economias emergentes, deve ter desempenho pior que o Brasil este ano, encolhendo 3,8%, por causa dos baixos preços do petróleo e dos reflexos do conflito com a Ucrânia, que incluem uma série de sanções dos Estados Unidos e Europa.

No ano que vem, a economia russa deve ter desempenho melhor que o Brasil, encolhendo menos, com previsão de recuo de 0,6%.

O FMI prevê que o crescimento dos países emergentes vai declinar pelo quinto ano consecutivo em 2015, mas deve se recuperar em 2016, com países como a Rússia e mesmo o Brasil melhorando um pouco, outras economias da América Latina ganhando força e o desempenho da Índia mantendo o ritmo de expansão acima de 7%.

Depois de estes mercados crescerem 4,5% no ano passado, a previsão do Fundo é de expansão de 4% este ano e de 4,5% em 2016.

"Os riscos para a piora do cenário permanecem elevados, particularmente para os emergentes", afirma o FMI.

O documento ressalta que muitos emergentes têm pouca margem de manobra, tanto na política monetária como na fiscal, para tomarem medidas que estimulem o crescimento.

Índices de inflação acima da meta dos bancos centrais e deterioração das contas fiscais estão entre os fatores que impedem o uso dessas políticas para melhorar a atividade, afirma o FMI, sem citar nomes de países.

A recomendação geral do FMI é que os governos dos países emergentes fiquem atentos aos desdobramentos do cenário externo, que inclui a desaceleração da China e a elevação de juros nos Estados Unidos.

A avaliação é que estes mercados estão melhor posicionados para lidar com um cenário mais adverso, tendo reforçado as reservas internacionais e melhorado outros indicadores macroeconômicos.

Mas há o risco de as mudanças esperadas para a economia mundial trazerem vulnerabilidades.

"Os mercados emergentes precisam encontrar um equilíbrio adequado entre a promoção do crescimento e o gerenciamento de vulnerabilidades", afirma o documento do FMI, que volta a recomendar reformas estruturais a estes mercados, incluindo o aumento do investimento em infraestrutura e medidas para melhorar o ambiente de negócios.

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Nova York - A baixa confiança de empresários e consumidores no Brasil, por causa da difícil situação política, aliada ao necessário ajuste macroeconômico, deve seguir enfraquecendo a atividade doméstica, afirma o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) no documento "Desafios de Política Econômica e Perspectivas Globais", que será apresentado dias 15 e 16 na reunião do G-20, grupo formado pelas economias mais ricas do mundo, na Turquia.

Em um ambiente de baixa confiança e turbulência política, o FMI avalia que o investimento privado deve seguir em "rápido declínio" no Brasil.

A previsão do Fundo é que a economia brasileira tenha contração de 3%, o segundo pior desempenho entre os países do G-20. Para 2016, a expectativa é de novo recuo da atividade, de 1%, a pior taxa do grupo dos 20 países.

Só a Rússia, entre as grandes economias emergentes, deve ter desempenho pior que o Brasil este ano, encolhendo 3,8%, por causa dos baixos preços do petróleo e dos reflexos do conflito com a Ucrânia, que incluem uma série de sanções dos Estados Unidos e Europa.

No ano que vem, a economia russa deve ter desempenho melhor que o Brasil, encolhendo menos, com previsão de recuo de 0,6%.

O FMI prevê que o crescimento dos países emergentes vai declinar pelo quinto ano consecutivo em 2015, mas deve se recuperar em 2016, com países como a Rússia e mesmo o Brasil melhorando um pouco, outras economias da América Latina ganhando força e o desempenho da Índia mantendo o ritmo de expansão acima de 7%.

Depois de estes mercados crescerem 4,5% no ano passado, a previsão do Fundo é de expansão de 4% este ano e de 4,5% em 2016.

"Os riscos para a piora do cenário permanecem elevados, particularmente para os emergentes", afirma o FMI.

O documento ressalta que muitos emergentes têm pouca margem de manobra, tanto na política monetária como na fiscal, para tomarem medidas que estimulem o crescimento.

Índices de inflação acima da meta dos bancos centrais e deterioração das contas fiscais estão entre os fatores que impedem o uso dessas políticas para melhorar a atividade, afirma o FMI, sem citar nomes de países.

A recomendação geral do FMI é que os governos dos países emergentes fiquem atentos aos desdobramentos do cenário externo, que inclui a desaceleração da China e a elevação de juros nos Estados Unidos.

A avaliação é que estes mercados estão melhor posicionados para lidar com um cenário mais adverso, tendo reforçado as reservas internacionais e melhorado outros indicadores macroeconômicos.

Mas há o risco de as mudanças esperadas para a economia mundial trazerem vulnerabilidades.

"Os mercados emergentes precisam encontrar um equilíbrio adequado entre a promoção do crescimento e o gerenciamento de vulnerabilidades", afirma o documento do FMI, que volta a recomendar reformas estruturais a estes mercados, incluindo o aumento do investimento em infraestrutura e medidas para melhorar o ambiente de negócios.

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