Economia

Pobreza no mundo cai pela metade, mas metas do Bird correm risco

População em extrema pobreza foi reduzida de 40% para 21% entre 1981 e 2001, mas países latino-americanos e do Leste Europeu, por exemplo, não acompanham a recuperação

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h52.

A proporção de pessoas vivendo em extrema pobreza (com menos de 1 dólar por dia) caiu pela metade entre 1981 e 2001 - uma redução de 40% para 21%. Apesar de merecer aplausos, a notícia divulgada pelo Banco Mundial (Bird) é vista com ressalvas pela instituição e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Enquanto o rápido crescimento econômico na Ásia retirou da miséria 500 milhões de pessoas, a proporção de pobres cresceu em muitos países da África, América Latina,  Leste Europeu e em alguns países da Ásia Central.

O FMI e o Bird também advertem que, no ritmo que os indicadores têm evoluído, as chamadas Metas de Desenvolvimento do Milênio não serão cumpridas. Entre as metas, aprovadas por 189 países em 2000, está a redução da taxa de pobreza de 1990 pela metade até 2015.

"Apesar de termos condições de reduzir a pobreza até 2015, muito mais ajuda, muito mais abertura comercial e muito mais reformas abrangentes se fazem necessárias para que as metas sejam alcançadas em todos os países", afirmou o economista-chefe do Bird, François Bourguignon.

O Relatório de Monitoramento Global, centro das discussões das reuniões entre o banco e o fundo, que serão realizadas amanhã (24/4) e domingo, em Washington, propõe que três ações sejam priorizadas: aceleração das reformas para dobrar as taxas de crescimento econômico da África; fortalecimento das pessoas pobres através de melhorias nos serviços básicos, e aumento do apoio dos países ricos e das agências internacionais aos países em desenvolvimento.

No relatório, o FMI e o Bird criticam a demora dos países ricos em cumprir suas tarefas nas mais diferentes áreas. Segundo o documento, os países desenvolvidos devem acelerar as discussões sobre política comercial e manutenção do crescimento econômico estável e forte. 

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