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PNAD mostra que Brasil cresceu em ritmo chinês, diz ministro

Segundo o ministro Marcelo Neri, presidente do Ipea, em todos os extratos da população, a renda aumentou bastante, "em ritmo chinês"

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 19h45.

Rio de Janeiro – Os números divulgados hoje (27) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), referentes ao ano passado, mostram que existem dois Brasis: um que gerou Produto Interno Bruto (PIB) de 0,9%, apelidado de “pibinho”, e outro, mostrado pela pesquisa, que revelou crescimento de 8% na renda média dos trabalhadores, "um desempenho de nível chinês".

A análise foi feita secretário de Assuntos Estratégicos, ministro Marcelo Neri, que também acumula a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

“A PNAD 2012 surpreende muito, porque foi o ano do 'pibinho' – o PIB cresceu 0,9%, mas a renda média dos brasileiros cresceu 8,9%. Ou seja, uma diferença de 8 pontos percentuais. O Brasil dos economistas está indo muito pior que o Brasil dos brasileiros. A desigualdade deu uma estabilizada [descendente] em 2012, mas, com certeza, a pobreza teve uma queda espetacular por conta do crescimento", afirmou Neri.

Segundo o ministro, em todos os extratos da população, a renda aumentou bastante, "em ritmo chinês", e "isso está em completa dissonância com os dados das contas nacionais do PIB”.

Marcelo Neri atribuiu o avanço registrado pela PNAD ao forte crescimento do mercado de trabalho, principalmente pelo aumento do salário e não tanto pelo crescimento na ocupação, pois o país está vivendo quase um momento de pleno emprego.

“Houve uma melhora em termos de formalidade e mais acesso a direitos trabalhistas. Fundamentalmente, é uma economia em que o mercado de trabalho está descolado do crescimento do PIB. São dois Brasis completamente diferentes.”

Outros fatores que contribuíram para o bom momento da economia brasileira demonstrado na PNAD foram a melhor distribuição de renda e os ganhos reais do salário mínimo, destacou o ministro, que apontou nova queda na desigualdade: “de 2003 até 2011, tivemos um crescimento da renda na PNAD de 40,5% no acumulado. E o PIB per capita cresceu 27,7% nesse período.”

O ministro Marcelo Neri falou com a imprensa durante o 13º Encontro Nacional de Estudos Estratégicos, promovido pela secretaria, em parceria com o Ministério da Defesa. O evento foi na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.

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“A PNAD 2012 surpreende muito, porque foi o ano do 'pibinho' – o PIB cresceu 0,9%, mas a renda média dos brasileiros cresceu 8,9%. Ou seja, uma diferença de 8 pontos percentuais. O Brasil dos economistas está indo muito pior que o Brasil dos brasileiros. A desigualdade deu uma estabilizada [descendente] em 2012, mas, com certeza, a pobreza teve uma queda espetacular por conta do crescimento", afirmou Neri.

Segundo o ministro, em todos os extratos da população, a renda aumentou bastante, "em ritmo chinês", e "isso está em completa dissonância com os dados das contas nacionais do PIB”.

Marcelo Neri atribuiu o avanço registrado pela PNAD ao forte crescimento do mercado de trabalho, principalmente pelo aumento do salário e não tanto pelo crescimento na ocupação, pois o país está vivendo quase um momento de pleno emprego.

“Houve uma melhora em termos de formalidade e mais acesso a direitos trabalhistas. Fundamentalmente, é uma economia em que o mercado de trabalho está descolado do crescimento do PIB. São dois Brasis completamente diferentes.”

Outros fatores que contribuíram para o bom momento da economia brasileira demonstrado na PNAD foram a melhor distribuição de renda e os ganhos reais do salário mínimo, destacou o ministro, que apontou nova queda na desigualdade: “de 2003 até 2011, tivemos um crescimento da renda na PNAD de 40,5% no acumulado. E o PIB per capita cresceu 27,7% nesse período.”

O ministro Marcelo Neri falou com a imprensa durante o 13º Encontro Nacional de Estudos Estratégicos, promovido pela secretaria, em parceria com o Ministério da Defesa. O evento foi na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.

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