PNAD mostra cenário de trabalho favorável, dizem analistas
Enquanto a PNAD Contínua apontou para uma taxa de desemprego média de 7,1% no ano, a PME registrou uma taxa de desocupação de 5,4% no período
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2014 às 19h46.
Rio - O cenário para o mercado de trabalho em 2013 mostrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) nesta quinta-feira, 10, continuou favorável, apesar de a taxa nacional de desemprego média ter vindo acima da verificada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) para as seis principais regiões metropolitanas do país, avaliaram economistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Enquanto a PNAD Contínua apontou para uma taxa de desemprego média de 7,1% no ano, a PME registrou uma taxa de desocupação de 5,4% no período.
O economista Douglas Uemura, da LCA Consultores Associados, notou que embora a taxa de desemprego verificada pelas duas pesquisas tenham magnitudes diferentes, elas têm caminhado na mesma direção ao longo da série histórica, com tendência de redução.
"Olhando a evolução da taxa de desemprego, elas caminham junto. Na PNAD Contínua, a queda na taxa de desemprego foi até mais expressiva. A PNAD está mostrando um 2013 um pouco melhor do que a PME estava mostrando", apontou Uemura.
Os cálculos do economista da LCA apontam para uma taxa de desemprego pela PME de 4,9% no quarto trimestre de 2012 para 4,7% no quarto trimestre de 2013. Na PNAD Contínua, a taxa de desemprego saiu de 6,9% para 6,2% no mesmo período.
Segundo Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria Integrada, a taxa de desemprego verificada pela PNAD Contínua ainda pode ser considerada baixa.
"Se a gente olhar as variações desde o primeiro trimestre de 2012, a taxa de desemprego vem diminuindo por conta do crescimento do emprego acima da força de trabalho", ressaltou Bacciotti.
O economista da Tendências lembrou que a PNAD Contínua mostrou um aumento no ritmo de geração de postos de trabalho, ao contrário do que foi verificado pela PME.
A ocupação teve crescimento de 1,7% no quarto trimestre de 2013 ante o quarto trimestre de 2012, enquanto tinha crescido 1,2% no terceiro trimestre de 2013 em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
"Então acelerou a criação de vagas", afirmou Bacciotti. "A gente pode dizer que o mercado de trabalho na PNAD Contínua está mais favorável do que o mostrado pela PME", confirmou ele.
O pesquisador do departamento de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Rodrigo Leandro de Moura disse que a PNAD Contínua mostra que as áreas que estão fora das principais regiões metropolitanas ainda não vivem o pleno emprego, mas que há geração de vagas efetivamente.
"Isso mostra que a taxa de desemprego ainda pode cair em 2014 no Brasil", previu Moura.
Rio - O cenário para o mercado de trabalho em 2013 mostrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) nesta quinta-feira, 10, continuou favorável, apesar de a taxa nacional de desemprego média ter vindo acima da verificada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) para as seis principais regiões metropolitanas do país, avaliaram economistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Enquanto a PNAD Contínua apontou para uma taxa de desemprego média de 7,1% no ano, a PME registrou uma taxa de desocupação de 5,4% no período.
O economista Douglas Uemura, da LCA Consultores Associados, notou que embora a taxa de desemprego verificada pelas duas pesquisas tenham magnitudes diferentes, elas têm caminhado na mesma direção ao longo da série histórica, com tendência de redução.
"Olhando a evolução da taxa de desemprego, elas caminham junto. Na PNAD Contínua, a queda na taxa de desemprego foi até mais expressiva. A PNAD está mostrando um 2013 um pouco melhor do que a PME estava mostrando", apontou Uemura.
Os cálculos do economista da LCA apontam para uma taxa de desemprego pela PME de 4,9% no quarto trimestre de 2012 para 4,7% no quarto trimestre de 2013. Na PNAD Contínua, a taxa de desemprego saiu de 6,9% para 6,2% no mesmo período.
Segundo Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria Integrada, a taxa de desemprego verificada pela PNAD Contínua ainda pode ser considerada baixa.
"Se a gente olhar as variações desde o primeiro trimestre de 2012, a taxa de desemprego vem diminuindo por conta do crescimento do emprego acima da força de trabalho", ressaltou Bacciotti.
O economista da Tendências lembrou que a PNAD Contínua mostrou um aumento no ritmo de geração de postos de trabalho, ao contrário do que foi verificado pela PME.
A ocupação teve crescimento de 1,7% no quarto trimestre de 2013 ante o quarto trimestre de 2012, enquanto tinha crescido 1,2% no terceiro trimestre de 2013 em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
"Então acelerou a criação de vagas", afirmou Bacciotti. "A gente pode dizer que o mercado de trabalho na PNAD Contínua está mais favorável do que o mostrado pela PME", confirmou ele.
O pesquisador do departamento de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Rodrigo Leandro de Moura disse que a PNAD Contínua mostra que as áreas que estão fora das principais regiões metropolitanas ainda não vivem o pleno emprego, mas que há geração de vagas efetivamente.
"Isso mostra que a taxa de desemprego ainda pode cair em 2014 no Brasil", previu Moura.