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PIB do Brasil cresceu 1,1% em 2018, o mesmo ritmo do ano anterior

Números confirmam expectativas e mostram segundo ano seguido de crescimento, ainda que fraco, da economia brasileira

Greve dos caminhoneiros: episódio impactou atividade e afetou a política (Nelson Almeida/AFP)

João Pedro Caleiro

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 09h03.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2019 às 15h02.

São Paulo - O Produto Interno Bruto ( PIB ) do Brasil cresceu 0,1% no 4º trimestre de 2018 em relação ao trimestre anterior, informou nesta quinta-feira (28) o IBGE.

Com isso, o crescimento fechado no ano de 2018 ficou em 1,1%, o mesmo resultado do ano anterior, levando o PIB a totalizar R$ 6,8 trilhões.

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O resultado veio de acordo com as expectativas de economistas e mostra uma retomada modesta após as quedas fortes do PIB de 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016.

Enquanto o segundo trimestre foi marcado pela greve dos caminhoneiros, no final do ano houve impacto de fatores como a incerteza eleitoral e o agravamento da crise na Argentina.

Os números do primeiro trimestre de 2019 têm sido mornos e a previsão para o ano é que o crescimento acelere para um patamar entre 2% e 2,5%.

Período de comparaçãoPIB
4º Tri 2018 / 3º tri 20180,1%
4º Tri 2018 / 4º Tri 20171,1%
Valores correntes no ano (R$)6,8 trilhões

Setores

A principal contribuição para o crescimento em 2018 veio do setor de serviços, que responde por 75,8% da economia brasileira e avançou 1,3%. Todas as atividades neste setor cresceram.

A agropecuária ficou praticamente estável (0,1%), mas tinha como base de comparação uma safra recorde em 2017.

A indústria caiu no último trimestre, mas no balanço do ano cresceu 0,6%. O destaque foi a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos e segue a fraqueza do setor de construção.

Período de comparaçãoAgropec.IndústriaServiços
4º Tri 2018 / 3º tri 20180,2%-0,3%0,2%
4º Tri 2018 / 4º Tri 20172,4%-0,5%1,1%
2018 sobre 20170,1%0,6%1,3%
Valores correntes no ano (R$)297,8 bi1,3 tri4,3 tri

Do lado da demanda, o consumo do governo ficou estável enquanto o consumo das famílias avançou 1,5%.

Segundo o IBGE, isso pode ser explicado por fatores como o comportamento benigno de indicadores como inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do ano.

Houve avanço tanto na taxa de investimento (de 15% em 2017 para 15,8% em 2018) quanto na taxa de poupança (que foi de 14,3% para 14,5%).

Foi a primeira alta do investimento em 4 anos. Apesar de positivo, o dado também foi puxado para cima por uma revisão metodológica em que plataformas de petróleo passaram a entrar nessa rubrica.

As exportações cresceram 4,1% em relação ao ano anterior, mas as importações subiram ainda mais (8,5%), o que é esperado em momentos de retomada.

Veja os resultados do PIB e do PIB per capita (PIB dividido pela população) desde 2000:

AnoAlta do PIBAlta do PIB per capita
20004,40%2,90%
20011,40%0,0%
20023,10%1,70%
20031,10%0,10%
20045,8%4,5%
20053,2%2,0%
20064,0%2,8%
20076,1%5,0%
20085,1%4,0%
2009-0,1%-1,1%
20107,5%6,5%
20114,0%3,1%
20121,9%1,0%
20133,0%2,1%
20140,5%-0,3%
2015-3,5%-4,4%
2016-3,3%-4,1%
20171,1%0,3%
20181,1%0,3%

 

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