Economia

Petróleo fecha em alta e tem maior ganho trimestral em quase 10 anos

Recuperação dos preços da commodity ocorre diante de sinais de que EUA e China se aproximam de acordo comercial

Petróleo: preço do produto tem alta com expectativa de acordo entre EUA e China (Darrin Zammit Lupi/Reuters)

Petróleo: preço do produto tem alta com expectativa de acordo entre EUA e China (Darrin Zammit Lupi/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2019 às 17h02.

São Paulo - Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta sexta-feira, 29, em alta e registraram o maior ganho trimestral desde o segundo trimestre de 2009. A recuperação dos preços da commodity veio diante de sinais de que Estados Unidos e China se aproximam de um acordo comercial, ao mesmo tempo em que a atividade de perfuração em solo americano voltou a registrar queda.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em maio fechou em alta de 1,42%, cotado a US$ 60,14 por barril, com avanço de 32,44% no trimestre, no maior nível desde novembro. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para junho subiu 0,72% nesta sexta e 25,61% no trimestre, ao chegar ao fim do dia cotado a US$ 67,58.

Os preços do petróleo alcançaram o maior nível desde novembro à medida que os investidores mantiveram o otimismo de que os problemas globais de excesso de oferta, que afetaram os mercados no fim do ano passado, foram resolvidos, tendo em mente que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia firmaram o compromisso de cortar a produção de óleo, disse o economista-chefe de mercados da Spartan Capital, Peter Cardillo.

"O mercado está se reequilibrando, está trabalhando com os estoques excedentes que havia visto. Agora, temos a Rússia jogando bola com a Opep e a concordância deles em esperar até junho para que outra reunião mostre o futuro do pacto de redução da oferta", disse o economista.

Além disso, a percepção de que a atividade de perfuração nos EUA está perdendo fôlego também esteve no radar dos agentes. De acordo com a Baker Hughes, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade no país caíram pela sexta semana consecutiva e chegaram a 816 no total, no menor nível em quase um ano.

Também nesta sexta-feira, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano mostrou um declínio mês a mês na produção de petróleo de 90 mil barris por dia em janeiro, para 11,871 milhões de barris por dia, marcando a primeira queda mensal em oito meses. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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