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Petrobras reduzirá em 3% preço da gasolina e do diesel nas refinarias

O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos depende de diversos fatores

Combustível: a Petrobras tem reiterado que sua política de preços para a gasolina e o diesel segue o princípio da paridade de importação (Busakorn Pongparnit/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 12h55.

Última atualização em 13 de janeiro de 2020 às 13h48.

Rio de Janeiro - A Petrobras reduzirá o preço médio da gasolina e do diesel nas refinarias em 3% a partir de terça-feira, informou a companhia à Reuters.

A gasolina não sofria um reajuste desde 1º de dezembro, enquanto o diesel --combustível mais comercializado do país-- tinha a cotação estável desde 21 de dezembro.

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A petroleira tem evitado repassar a volatilidade dos preços globais do petróleo ao mercado doméstico-- no início deste ano, ela optou por não aplicar de imediato reajustes em suas refinarias na sequência de um ataque norte-americano que matou um importante general iraniano no Iraque e gerou tensão geopolítica que preocupou o mercado de petróleo.

Após um salto inicial e uma nova alta após um contra-ataque do Irã que mirou bases dos EUA no Iraque, os valores do Brent, referência internacional do petróleo, fecharam em queda de 5,3% na semana passada, em patamares inferiores aos registrados antes do início das tensões no Oriente Médio.

Já nesta segunda-feira, os preços de referência da commodity caíam cerca de 1% no início da tarde.

"Os reajustes estão bem em consonância com o que aconteceu no mercado internacional. As cotações devolveram bastante depois do pico da crise no Oriente Médio, e eles (o mercado) já tiraram praticamente todo o risco do preço do petróleo", afirmou à Reuters o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva.

"Na semana passada, a Petrobras já poderia ter reduzido o preço, mas eu acredito que eles esperaram a situação se acalmar, passar o fim de semana, para ver se não haveria nenhum repique na crise lá fora."

Em meio a preocupações com os possíveis efeitos de tensões no Oriente Médio sobre os preços dos combustíveis, o governo federal tem estudado alternativas para aliviar repasses de altas do petróleo aos combustíveis.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse durante na semana passada que o governo avalia utilizar recursos de royalties e participações especiais cobradas sobre a produção de petróleo para compensar eventuais impactos dos preços internacionais nas bombas.

O presidente Jair Bolsonaro tem reiterado que seu governo não irá intervir na política de preços da Petrobras.

Em anos passados, o governo federal obrigou a Petrobras a praticar preços domésticos inferiores aos cobrados no mercado internacional, o que causou prejuízos de bilhões de dólares à petroleira e restringiu a atuação de novos produtores ou de importadores de combustíveis no país.

Segundo a Petrobras, sua política de preços para a gasolina e o diesel segue o princípio da paridade de importação, formada pela cotação internacional dos produtos mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio.

O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos depende de diversos fatores, como impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

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