Exame Logo

Petrobras pede aprovação de PEC que permite pagamento do governo à empresa

O presidente da Petrobras pediu a aprovação da PEC 98/2019, que garante que o governo possa fazer transferências sem romper o teto de gastos

Petrobras: a PEC já foi aprovada na Câmara e foi encaminhada para o Senado (Patricia Monteiro/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de agosto de 2019 às 15h30.

O presidente da Petrobras , Roberto Castello Branco, fez um apelo ao Senado para que aprove a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 98/2019, que permite ao governo direcionar uma parte do bônus de assinatura do megaleilão dos excedentes da cessão onerosa para a companhia, Estados e municípios.

A PEC 98/2019 foi aprovada pela Câmara dos Deputados em votação realizada em junho, em dois turnos, e agora tramita no Senado. Ela garante que o governo possa fazer as transferências sem romper o teto de gastos, que limita as despesas da União.

Veja também

O leilão será realizado em 6 de novembro e tem outorga de R$ 106 5 bilhões. Desse total, a Petrobras ficará com R$ 33,6 bilhões, e Estados e municípios terão R$ 21,7 bilhões.

"A PEC 98/2019 viabiliza pagamento do governo à Petrobras", disse, durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado. "Vamos usar recursos do leilão (de excedentes da cessão onerosa). Não vamos usá-los para reduzir endividamento ou financiar investimentos."

Castello Branco defendeu a política de desinvestimentos da companhia, como a venda da rede de gasodutos da TAG e da NTS nas regiões Nordeste e Sudeste. Segundo ele, trata-se de gestão de portfólio, pois o retorno da exploração de petróleo e gás em águas profundas é maior do que o de gasodutos, refinarias e campos maduros e terrestres.

Segundo o presidente da companhia, os desinvestimentos devem atingir entre US$ 30 bilhões e US$ 35 bilhões nos próximos cinco anos, enquanto os investimentos no período devem chegar a US$ 100 bilhões. "Isso é a busca do portfólio ótimo, que traga mais retorno aos acionistas", disse.

Hoje, a Petrobras tem 55% de seu portfólio concentrado em águas profundas, e a previsão, para 2020, é chegar a 88%. Já os campos em terra devem ter participação reduzida de 37% para 10%, e a exploração em águas rasas deve diminuir de 8% para 2%.

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroPetrobrasSenado

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame