Petrobras exercerá preferência em alguns leilões do pré-sal
Em evento no Rio, o ministro de Minas e Energia adiantou que grandes operadoras internacionais já demostraram interesse em participar dos leilões
Agência Brasil
Publicado em 16 de maio de 2017 às 15h35.
Última atualização em 16 de maio de 2017 às 15h47.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse hoje (16), em evento no Rio de Janeiro, que a Petrobras exercerá o direito de preferência em algumas áreas nos dois leilões de petróleo do pré-sal brasileiro marcados para o segundo semestre.
"A Petrobras ocupará sempre um papel importante, até porque a lei garante a ela essa preferência. Eles sinalizaram que irão, sim, exercer o direito em algumas áreas. Onde não tiver o direito de preferência, vai para processo de leilão comum", informou ele.
O ministro lembrou que as próximas rodadas dos campos de concessão e a segunda e terceira rodadas do pré-sal estão previstos para ocorrer em 27 de setembro e 27 de outubro.
As rodadas de óleo e gás deste ano poderão gerar para os cofres públicos entre R$ 8,5 bilhões e R$ 9 bilhões, destacou o ministro.
Coelho Filho adiantou que grandes operadoras internacionais já demostraram interesse em participar dos leilões.
"Estive agora na feira de petróleo mundial em Houston, no Texas [Estados Unidos], e senti muito apetite das grandes operadoras mundiais, de empresas que não estão no Brasil e de companhias que estão querendo aumentar sua posição aqui".
A renovação por 20 anos da vigência do Repetro, regime tributário especial que desonera o investimento no setor de óleo e gás que terminaria em 2019, deve ser aprovada antes dos leilões e atrair investidores, afirmou Coelho Filho.
"O pedido já passou pelo ministério de Minas e Energia, está agora na Fazenda junto com a Receita Federal. Estamos otimistas de que vai sair. Até porque é o que dará certa garantia aos investidores. Como é do interesse da União arrecadar o maior valor, não só do bônus de assinatura [do contrato], como do percentual de óleo lucro [entregue ao Estado no regime de partilha], é importante criar o ambiente mais favorável possível".
Milho
Ao ser questionado por jornalistas sobre a medida anunciada ontem (15) para proteger o mercado brasileiro de etanol de cana em relação ao aumento das importações do biocombustível de milho, Coelho Filho ressaltou que o país não está proibindo a importação do milho.
"Quem quiser importar o etanol, pode importar, mas terá as mesmas obrigações do produtor nacional. [Hoje] você cobra do produtor nacional certo percentual de estocagem da produção e uma série de obrigações que o importador não tem, gerando assim uma disputa desleal."