Economia

Executivos brasileiros são os mais pessimistas, diz pequisa

O levantamento mostra que os executivos dos Estados Unidos (60 pontos) são os mais otimistas, seguido dos diretores financeiros da Europa (57,9)


	Brasil na lanterna: o levantamento mostra que os executivos dos Estados Unidos (60 pontos) são os mais otimistas, seguido dos diretores financeiros da Europa (57,9)
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Brasil na lanterna: o levantamento mostra que os executivos dos Estados Unidos (60 pontos) são os mais otimistas, seguido dos diretores financeiros da Europa (57,9) (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2015 às 10h44.

São Paulo - Os executivos brasileiros são os mais pessimistas do mundo. A pesquisa Panorama Global dos Negócios mostra que, numa escala de 0 a 100 pontos, o otimismo dos CFOs (diretores financeiros) está em 36,9 pontos, um pouco acima do verificado na pesquisa do trimestre anterior (35,7 pontos), embora ainda na lanterna mundial.

O levantamento mostra que os executivos dos Estados Unidos (60 pontos) são os mais otimistas. Em seguida, estão os diretores financeiros da Europa (57,9), Ásia (55,6) e África (48,2). No recorte feito para a América Latina, excluindo o Brasil, o otimismo apurado está em 45,3 pontos.

A pesquisa trimestral - realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Duke University e CFO Magazine - também apurou pontos preocupantes em setores-chave da economia brasileira, como emprego e investimento.

No mercado de trabalho, os executivos projetam uma retração em todas as formas de contratação neste trimestre. Recuo de 1% no emprego permanente, de 2% no temporário, e de 3,6% no terceirizado.

Percepção recorrente

Na leitura realizada no trimestre anterior, já havia uma sinalização da piora no mercado de trabalho. A queda prevista nas contratações permanentes era de 6,6%, na dos trabalhadores temporários de 4,2% e na dos terceirizados de 9,6%.

"A nossa impressão é que as empresas já fizeram um forte ajuste no pessoal, mas ainda existe uma tendência de aumento do desemprego", afirma Antonio Gledson de Carvalho, professor da Fundação Getúlio Vargas e um dos autores do levantamento. O estudo também teve a participação do professor Klenio Barbosa.

Com relação ao investimento, a queda projetada é de 1,9%. No trimestre anterior, era de 8,3%. A pesquisa foi concluída em 3 de setembro e entrevistou 1 mil diretores financeiros, sendo 194 na América Latina e 55 no Brasil. 

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