Peru é o mais preparado da AL para enfrentar uma crise
Segundo análise do FMI, o Brasil poderia ter melhores mecanismos de proteção
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2013 às 21h01.
Cidade do México - O Peru é o país da América Latina melhor preparado para suportar uma grande crise econômica, enquanto a Venezuela e a Argentina têm as defesas mais fracas, de acordo com a análise de economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Brasil e México, as duas maiores economias da região, têm as finanças públicas sólidas o suficiente para suportar choques mais moderados, mas poderiam se beneficiar de mecanismos de proteção mais resistentes, mostrou o trabalho divulgado nesta quarta-feira.
Testes de estresse com cenários que variam entre um choque financeiro sem impacto econômico até a reprise da crise que sucedeu o colapso do banco de investimento Lehman Brothers em 2008 mostraram que, apesar de a região como um todo estar mais resistente do que no passado, alguns países teriam mais dificuldade de encarar uma crise.
O Peru, que tem altas taxas de crescimento, surgiu como a economia mais resistente a choques na região, com um superávit orçamentário e dívida equivalente a cerca de 20 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Bolívia, Chile e Paraguai também chegaram perto do topo, seguidos pela Colômbia, onde o governo pretende chegar a um equilíbrio orçamentário até 2014.
Brasil, México, Uruguai e Equador poderiam lidar com uma desaceleração global prolongada, mas suas dívidas poderiam alcançar 65 por cento do PIB, nível alto para o padrão dos mercados emergentes, caso os governos decidissem contra-atacar os efeitos de uma crise com estímulos fiscais.
Uma crise mais severa deixaria pouco espaço para medidas de estímulo fiscal, já que a dívida subiria muito, mostrou o modelo.
Apesar de o México estar buscando um equilíbrio orçamentário neste ano, as agências de avaliação de risco têm criticado sua dependência das receitas com o petróleo.
Já o Brasil, que tem uma dívida equivalente a 35 por cento do PIB, não conseguiu cumprir a meta de superávit primário no ano passado, levantando questionamentos sobre o seu comprometimento com a disciplina fiscal.
O estudo do FMI mostrou que a Venezuela e a Argentina sofreriam um aperto orçamentário mesmo frente a choques moderados. A dívida pública da Venezuela subiria para 145 por cento do PIB no evento de uma crise severa - cerca do mesmo nível que a dívida da Grécia atingiu em 2010, quando o país necessitou do primeiro resgate.
"Esses resultados sugerem que a região se beneficiaria com o fortalecimento dos mecanismos de proteção, enquanto as condições são favoráveis, para poder usar ativamente a política fiscal caso o ambiente externo se deteriore sensivelmente", disse o estudo.
Cidade do México - O Peru é o país da América Latina melhor preparado para suportar uma grande crise econômica, enquanto a Venezuela e a Argentina têm as defesas mais fracas, de acordo com a análise de economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Brasil e México, as duas maiores economias da região, têm as finanças públicas sólidas o suficiente para suportar choques mais moderados, mas poderiam se beneficiar de mecanismos de proteção mais resistentes, mostrou o trabalho divulgado nesta quarta-feira.
Testes de estresse com cenários que variam entre um choque financeiro sem impacto econômico até a reprise da crise que sucedeu o colapso do banco de investimento Lehman Brothers em 2008 mostraram que, apesar de a região como um todo estar mais resistente do que no passado, alguns países teriam mais dificuldade de encarar uma crise.
O Peru, que tem altas taxas de crescimento, surgiu como a economia mais resistente a choques na região, com um superávit orçamentário e dívida equivalente a cerca de 20 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Bolívia, Chile e Paraguai também chegaram perto do topo, seguidos pela Colômbia, onde o governo pretende chegar a um equilíbrio orçamentário até 2014.
Brasil, México, Uruguai e Equador poderiam lidar com uma desaceleração global prolongada, mas suas dívidas poderiam alcançar 65 por cento do PIB, nível alto para o padrão dos mercados emergentes, caso os governos decidissem contra-atacar os efeitos de uma crise com estímulos fiscais.
Uma crise mais severa deixaria pouco espaço para medidas de estímulo fiscal, já que a dívida subiria muito, mostrou o modelo.
Apesar de o México estar buscando um equilíbrio orçamentário neste ano, as agências de avaliação de risco têm criticado sua dependência das receitas com o petróleo.
Já o Brasil, que tem uma dívida equivalente a 35 por cento do PIB, não conseguiu cumprir a meta de superávit primário no ano passado, levantando questionamentos sobre o seu comprometimento com a disciplina fiscal.
O estudo do FMI mostrou que a Venezuela e a Argentina sofreriam um aperto orçamentário mesmo frente a choques moderados. A dívida pública da Venezuela subiria para 145 por cento do PIB no evento de uma crise severa - cerca do mesmo nível que a dívida da Grécia atingiu em 2010, quando o país necessitou do primeiro resgate.
"Esses resultados sugerem que a região se beneficiaria com o fortalecimento dos mecanismos de proteção, enquanto as condições são favoráveis, para poder usar ativamente a política fiscal caso o ambiente externo se deteriore sensivelmente", disse o estudo.