Exame Logo

Perspectiva negativa do país foi por risco político, diz Moody's

Após a mudança, a agência tomou 63 diferentes ações de rating envolvendo empresas não financeiras, bancos, companhias de infraestrutura e governos do país

Perspectiva: a perspectiva de 16 grandes empresas e de 23 instituições financeiras foi alterada para negativa, ressaltou a Moody's (Diego Vara/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de junho de 2017 às 10h48.

Última atualização em 2 de junho de 2017 às 10h51.

A recente mudança na perspectiva da nota de crédito Ba2 do Brasil pela Moody's , de estável para negativa, reflete a maior incerteza em torno das reformas políticas, na esteira dos recentes eventos políticos, e a crescente ameaça à recuperação do País e à força de sua economia no médio prazo, segundo a agência de classificação de risco.

"As denúncias de corrupção contra o presidente do Brasil (Michel Temer) elevam o risco de reverter a estabilização econômica", avaliou a Moody's em nota.

Veja também

Após a mudança na perspectiva do Brasil, a Moody's tomou 63 diferentes ações de rating envolvendo empresas não financeiras, bancos, companhias de infraestrutura e governos regionais e locais do País. Desse total, 57 ações foram de mudança da perspectiva para negativa. As demais confirmaram a perspectiva e os ratings atuais.

A perspectiva de 16 grandes empresas e de 23 instituições financeiras foi alterada para negativa, ressaltou a Moody's.

A agência também destacou a mudança da perspectiva do Estado de São Paulo (Ba2) e da cidade do Rio de Janeiro (Ba2/Aa2.br), igualmente para negativa.

Segundo a Moody's, os últimos acontecimentos no cenário político provavelmente afetaram a capacidade do governo federal de concluir a reforma da Previdência, que é considerada fundamental para que o rápido avanço nos gastos com funcionários públicos de Estados e municípios desacelere nos próximos três a cinco anos.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaCrise políticaMoody's

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame