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Pela 1º vez em 5 anos, Brasil sobe no ranking de competitividade

O país é o 80º colocado, de 137 posições, e ainda tem uma das piores tributações do mundo, uma classe política vista como corrupta e um Estado ineficiente

Brasil: (Diego Vara/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de setembro de 2017 às 11h20.

Última atualização em 27 de setembro de 2017 às 12h41.

Genebra - O Brasil subiu apenas um degrau no ranking que avalia a competitividade de 137 países, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral.

Depois de um tombo sem precedentes, o País é agora o 80.º colocado e ainda tem uma das piores estruturas tributárias do mundo, uma classe política vista como corrupta e um Estado ineficiente.

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Ainda assim, essa é a primeira vez desde 2012 que o Brasil sobe na classificação elaborada pela entidade que organiza os encontros de Davos.

Há cinco anos, o País chegou a ocupar a 48.ª posição no ranking. Mas desde então vem perdendo espaço no cenário internacional e passou a registrar um dos maiores tombos na história do informe.

Para o Fórum Econômico, o Brasil "encerra assim uma longa tendência de queda e dá sinais de recuperação econômica e de competitividade".

"O País avança comparativamente a outros em pontos-chave para retomada do crescimento e desenvolvimento.

Hoje, apesar da melhora marginal, o Brasil é ainda a economia do Brics menos competitiva. Na América Latina, é apenas o 9.º colocado e até Peru e Colômbia são mais competitivos. O País é hoje menos competitivo que Irã, Romênia ou Albânia, por exemplo.

Um dos maiores freios ao desempenho da economia nacional é a situação das instituições. Ainda assim, a entidade indica que o Brasil começa a mostrar melhorias e, com o combate à corrupção, o País conseguiu avançar 11 posições na classificação sobre a situação das instituições. Hoje, por esse critério, o Brasil é o 109.º colocado.

O Brasil aparece na 59.ª posição com relação à independência do Judiciário, 20 postos acima do que estava há um ano.

O País ainda avança timidamente no ambiente macroeconômico. No ranking deste ano, ocupa a 124.ª posição, uma das piores do mundo e apenas 2 degraus acima de 2016. O fim da recessão e a volta de um tímido crescimento teriam ajudado.

Segundo o ranking, a economia mais competitiva do mundo é a da Suíça, pelo 9.º ano seguido. Os EUA vêm na 2.ª posição, seguido por Cingapura. A China é a mais bem colocada no ranking entre os países do Brics, na 27.ª posição.

Políticos

O brasileiro é quem menos confia em sua classe de políticos. Em 2008, o Brasil era o 122.º entre 134 economias. Em 2013, ocupava a 136.ª posição de um total de 148 países avaliados. Em 2017, o Brasil é o último colocado entre 137 países.

No que se refere a desvio de recursos públicos, o País está entre os três piores no ranking. Já no critério sobre eficiência dos gastos governamentais, aparece entre os quatro piores.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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