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Passagens aéreas aumentam 146% de 2005 a 2012, diz Embratur

O presidente da empresa apresentou os dados hoje em uma audiência pública no Senado

Flávio Dino: ele defendeu o fortalecimento da aviação regional para dar conta do aumento do número dos usuários sem que isso leve a uma elevação dos preços (Elza Fiúza/ABr)
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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 13h50.

Brasília - O presidente da Embratur, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira, 26, que o aumento dos preços das passagens aéreas foi de 146% em termos reais entre os anos de 2005 a 2012. Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Dino informou que o cálculo é feito com base em dados do IPCA, índice de preços ao consumidor do IBGE.

Segundo ele, esse indicador sozinho teve elevação no período de 50%. Contudo, a variação exclusivamente para as passagens aéreas, um dos itens pesquisados pelo IPCA, chegou a 200%.

Dino disse que a tendência é de "aquecimento da demanda", uma vez que houve o aumento de 38 milhões para 100 milhões de passageiros do transporte nos últimos anos, decorrente, segundo ele, da ascensão econômica de novos usuários.

"Esse é o fator predominante para que nós tenhamos um aumento da expansão da demanda do setor aéreo. A tendência é que essa curva prossiga", afirmou.

O presidente da Embratur disse que não "existe" turismo no Brasil ou ele só "existe" se for pelo avião, diante do tamanho do País e da dificuldade de se usar os outros tipos de transporte. Dino defendeu o fortalecimento da aviação regional para dar conta do aumento do número dos usuários sem que isso leve a uma elevação dos preços.

Ele citou o exemplo da União Europeia que subiu de 1,6% para 20% a participação das empresas aéreas de baixo custo, que acrescentou 44 milhões de passageiros na região e levou a um aumento de 33% do número de usuários.

"A tese principal que nós trazemos ao debate é de caminharmos nessa direção: ter maior concorrência para diminuir os preços. O céu é autenticamente o limite, o avião vai até a estratosfera e os preços vão junto", disse.

Flávio Dino sugeriu que se acelere a implementação do plano de aviação regional, que prevê o investimento de R$ 7 bilhões para a construção de cerca de 270 aeroportos espalhados pelo País. Mas ele ressalvou que, além das obras, é preciso manter a política de concessão de incentivos para se investir no setor. "O aeroporto tem essa vocação, é preciso que exista também o avião", afirmou.

O presidente da Embratur disse ter a preocupação de que o bom momento do turismo brasileiro não se perca em razão da baixa competitividade no setor. "Nós precisamos dar conta do volume de crescimento", afirmou.

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Segundo ele, esse indicador sozinho teve elevação no período de 50%. Contudo, a variação exclusivamente para as passagens aéreas, um dos itens pesquisados pelo IPCA, chegou a 200%.

Dino disse que a tendência é de "aquecimento da demanda", uma vez que houve o aumento de 38 milhões para 100 milhões de passageiros do transporte nos últimos anos, decorrente, segundo ele, da ascensão econômica de novos usuários.

"Esse é o fator predominante para que nós tenhamos um aumento da expansão da demanda do setor aéreo. A tendência é que essa curva prossiga", afirmou.

O presidente da Embratur disse que não "existe" turismo no Brasil ou ele só "existe" se for pelo avião, diante do tamanho do País e da dificuldade de se usar os outros tipos de transporte. Dino defendeu o fortalecimento da aviação regional para dar conta do aumento do número dos usuários sem que isso leve a uma elevação dos preços.

Ele citou o exemplo da União Europeia que subiu de 1,6% para 20% a participação das empresas aéreas de baixo custo, que acrescentou 44 milhões de passageiros na região e levou a um aumento de 33% do número de usuários.

"A tese principal que nós trazemos ao debate é de caminharmos nessa direção: ter maior concorrência para diminuir os preços. O céu é autenticamente o limite, o avião vai até a estratosfera e os preços vão junto", disse.

Flávio Dino sugeriu que se acelere a implementação do plano de aviação regional, que prevê o investimento de R$ 7 bilhões para a construção de cerca de 270 aeroportos espalhados pelo País. Mas ele ressalvou que, além das obras, é preciso manter a política de concessão de incentivos para se investir no setor. "O aeroporto tem essa vocação, é preciso que exista também o avião", afirmou.

O presidente da Embratur disse ter a preocupação de que o bom momento do turismo brasileiro não se perca em razão da baixa competitividade no setor. "Nós precisamos dar conta do volume de crescimento", afirmou.

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