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Paraguai tenta atrair novos investimentos de empresas

O governo do Paraguai abriu as portas para uma delegação de cerca de 170 empresários e representantes de associações industriais do Brasil

Presidente paraguaio Horácio Cartes: governo de Cartes pretende estimular a economia do Paraguai através do investimento externo (Jorge Adorno/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 13h07.

Assunção - O governo do Paraguai , com seu presidente na liderança, Horacio Cartes, abriu nesta terça-feira as portas para uma delegação de cerca de 170 empresários e representantes de associações industriais do Brasil, com a intenção de atrair novos investimentos .

A visita começou com uma audiência com o líder no Palácio de López, a sede presidencial, e continuou com um seminário em um hotel de Assunção, no qual as autoridades paraguaias apresentaram as vantagens de fazer negócios em seu país.

O chanceler, Eladio Loizaga, destacou na inauguração do fórum que o encontro é "uma importante ocasião de fortalecer as relações econômicas através da integração entre setores empresariais".

O ministro recalcou a abundância de energia no Paraguai, graças à produção das enormes hidrelétricas binacionais Itaipu e Yacyretá.

Por sua vez, o ministro de Obras Públicas e Comunicações, Ramón Jiménez, anunciou que nos próximos quatro anos o Governo convocará licitações por US$ 7,5 bilhões para a melhora de hidrovias, estradas, o aeroporto de Assunção, redes elétricas, águas e esgoto e saneamento.

Edson Campagnolo, o chefe da delegação brasileira, reconheceu a perda de competitividade de seu país nos últimos anos e apostou por um "novo modelo" de integração econômica regional.

"Há dificuldades em nossa terra mãe e oportunidades do outro lado", afirmou.

Nesse sentido, Eduardo Felippo, presidente da União Industrial Paraguaia, encorajou as companhias brasileiras a transferir para seu país as linhas de produção mais caras, que usam alto nível de mão de obra e energia.


"Não estamos convidando a fecharem e se mudarem para cá, mas queremos que se complementem" com a produção no Paraguai, disse.

Os integrantes da missão representam setores como alimentação, construção, autopartes, mecânica, tecnologia e têxtil, incluídas multinacionais brasileiras como Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão.

Os participantes estão interessados nas vantagens tributárias oferecidas pelo Paraguai para a instalação de "maquiladoras", assim como a possibilidade de exportar para Europa sem pagar tarifas, um benefício que Bruxelas cancelou neste ano ao Brasil por considerar que sua economia já alcançou um nível médio de desenvolvimento.

Participaram do seminário empresários paraguaios interessados em estabelecer alianças com entidades brasileiras.

Além de companhias, fazem parte da delegação representantes de federações de indústrias dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, assim como diretores de sindicatos e da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul.

O Governo de Cartes pretende estimular a economia do Paraguai através do investimento externo, que quer atrair através de uma nova lei de aliança público-privada, aprovada no ano passado e pendente de regulamentação.

A lei contempla a participação de empresas privadas na gestão de serviços públicos.

O Paraguai cresceu 13,6% em 2013, graças à alta produção agropecuária pelo bom tempo, e o Governo prevê para este ano uma expansão econômica de 4,8%.

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Assunção - O governo do Paraguai , com seu presidente na liderança, Horacio Cartes, abriu nesta terça-feira as portas para uma delegação de cerca de 170 empresários e representantes de associações industriais do Brasil, com a intenção de atrair novos investimentos .

A visita começou com uma audiência com o líder no Palácio de López, a sede presidencial, e continuou com um seminário em um hotel de Assunção, no qual as autoridades paraguaias apresentaram as vantagens de fazer negócios em seu país.

O chanceler, Eladio Loizaga, destacou na inauguração do fórum que o encontro é "uma importante ocasião de fortalecer as relações econômicas através da integração entre setores empresariais".

O ministro recalcou a abundância de energia no Paraguai, graças à produção das enormes hidrelétricas binacionais Itaipu e Yacyretá.

Por sua vez, o ministro de Obras Públicas e Comunicações, Ramón Jiménez, anunciou que nos próximos quatro anos o Governo convocará licitações por US$ 7,5 bilhões para a melhora de hidrovias, estradas, o aeroporto de Assunção, redes elétricas, águas e esgoto e saneamento.

Edson Campagnolo, o chefe da delegação brasileira, reconheceu a perda de competitividade de seu país nos últimos anos e apostou por um "novo modelo" de integração econômica regional.

"Há dificuldades em nossa terra mãe e oportunidades do outro lado", afirmou.

Nesse sentido, Eduardo Felippo, presidente da União Industrial Paraguaia, encorajou as companhias brasileiras a transferir para seu país as linhas de produção mais caras, que usam alto nível de mão de obra e energia.


"Não estamos convidando a fecharem e se mudarem para cá, mas queremos que se complementem" com a produção no Paraguai, disse.

Os integrantes da missão representam setores como alimentação, construção, autopartes, mecânica, tecnologia e têxtil, incluídas multinacionais brasileiras como Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão.

Os participantes estão interessados nas vantagens tributárias oferecidas pelo Paraguai para a instalação de "maquiladoras", assim como a possibilidade de exportar para Europa sem pagar tarifas, um benefício que Bruxelas cancelou neste ano ao Brasil por considerar que sua economia já alcançou um nível médio de desenvolvimento.

Participaram do seminário empresários paraguaios interessados em estabelecer alianças com entidades brasileiras.

Além de companhias, fazem parte da delegação representantes de federações de indústrias dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, assim como diretores de sindicatos e da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul.

O Governo de Cartes pretende estimular a economia do Paraguai através do investimento externo, que quer atrair através de uma nova lei de aliança público-privada, aprovada no ano passado e pendente de regulamentação.

A lei contempla a participação de empresas privadas na gestão de serviços públicos.

O Paraguai cresceu 13,6% em 2013, graças à alta produção agropecuária pelo bom tempo, e o Governo prevê para este ano uma expansão econômica de 4,8%.

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