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Para presidente do BB, contenção de gastos do governo travou PIB

Na última semana, o IBGE divulgou que o crescimento do país foi de 1,1% em 2019, o resultado mais fraco em três anos

Rubem Novaes: presidente do Banco do Brasil comentou sobre fraco desempenho do PIB brasileiro em 2019 (Amanda Perobelli/Reuters)
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Reuters

Publicado em 6 de março de 2020 às 18h05.

O governo federal, com problemas fiscais e medidas para conter gastos, contribuiu para travar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, disse nesta sexta-feira o presidente-executivo do Banco do Brasil , Rubem Novaes.

"Chamo atenção que o que puxou para baixo o PIB foi o setor de governo", afirmou Novaes em palestra na Associabancoção Comercial do Rio de Janeiro.

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Na quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB desacelerou no quarto trimestre na comparação com os três meses anteriores, e a atividade econômica acumulou no ano expansão de 1,1%, resultado mais fraco em três anos. O consumo do governo em 2019 encolheu 0,4% ante 2018 segundo o IBGE.

Mas para Novaes, a queda nas despesas do governo é um sinal positivo.

"Isso não é ruim, mostra que o governo está se ajustando; as contas públicas eram um desajuste e um desarranjo. Uma contração das despesas públicas é algo necessário, mas infelizmente tem reflexo nas estatísticas do PIB", disse Novaes.

Segundo o executivo, o crescimento maior do "lado mais saudável e eficiente" da economia, o setor privado, vai resultar em ganho de produtividade da economia.

Novaes disse também que haverá impacto do coronavírus sobre o PIB em 2020, mas minimizou as consequências do que chamou de choque de oferta passageiro. Ele estimou que o impacto da doença no crescimento neste ano será de 0,5 ponto percentual.

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