Para estatais chinesas reforma deve significar crescimento
Grandes estatais defenderam a continuidade da expansão econômica do país, ecoando declarações do presidente Hu Jintao em defesa de mais investimentos nas empresas
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2012 às 09h50.
Pequim - Grandes estatais chinesas defenderam nesta sexta-feira a continuidade da expansão econômica do país, ecoando declarações do presidente Hu Jintao em defesa de mais investimentos nas empresas governamentais e contrariando as esperanças de reformas no inchado setor.
O segundo dia do 18º Congresso do Partido Comunista foi dedicado a debates públicos sobre o discurso de Hu, proferido durante duas horas na véspera.
Os delegados liam os trechos que mais haviam lhe agradado, e os repórteres da Reuters não escutaram ninguém discordando do presidente.
Hu salientou na quinta-feira a importância de se manter o regime unipartidário, e alertou para os riscos da corrupção -- uma referência ao escândalo que interrompeu a promissora carreira política do ex-dirigente partidário Bo Xilai.
O presidente, que está se preparando para deixar o poder, sugeriu também um fortalecimento do papel do Estado em setores estratégicos, com a possibilidade de mais concorrência em outros setores.
"A direção da reforma das empresas estatais deveria ser: as estatais precisam ser mais orientadas para o mercado, e precisam continuar fortalecendo sua vitalidade e influência", disse a jornalistas Wang Yong, chefe de uma comissão encarregada de supervisionar e gerir patrimônio público.
"Os acadêmicos podem ter visões diferentes, mas essa é a necessidade de desenvolvimento das empresas e do Estado", acrescentou.
Hu disse na quinta-feira que Pequim deve "sem hesitação consolidar e desenvolver o setor público da economia" e "investir mais capital estatal" em setores estratégicos para a economia e a segurança nacional.
Empresas estatais e suas afiliadas respondem por mais de metade do PIB e dos empregos na China, segunda maior economia do mundo. Elas incluem a Rede Estatal de distribuição elétrica (sétima maior empresa do mundo) e as gigantes petrolíferas Sinopec e CNPC, quinta e sexta maiores, respectivamente.
Das 70 empresas da China continental que apareceram em 2012 na lista Fortune Global 500, 65 são estatais.
Reformistas chineses e governos estatais dizem que seu tamanho e seu domínio sobre o mercado prejudicam a economia, por gerarem desperdício e oportunidades de corrupção, levando a custos maiores para os consumidores.
O congresso partidário comunista define a nova cúpula de poder na China, numa sucessão que ocorre uma vez a cada década. O vice-presidente Xi Jinping deve assumir o cargo de secretário-geral do partido, para se tornar presidente do país em março.
Pequim - Grandes estatais chinesas defenderam nesta sexta-feira a continuidade da expansão econômica do país, ecoando declarações do presidente Hu Jintao em defesa de mais investimentos nas empresas governamentais e contrariando as esperanças de reformas no inchado setor.
O segundo dia do 18º Congresso do Partido Comunista foi dedicado a debates públicos sobre o discurso de Hu, proferido durante duas horas na véspera.
Os delegados liam os trechos que mais haviam lhe agradado, e os repórteres da Reuters não escutaram ninguém discordando do presidente.
Hu salientou na quinta-feira a importância de se manter o regime unipartidário, e alertou para os riscos da corrupção -- uma referência ao escândalo que interrompeu a promissora carreira política do ex-dirigente partidário Bo Xilai.
O presidente, que está se preparando para deixar o poder, sugeriu também um fortalecimento do papel do Estado em setores estratégicos, com a possibilidade de mais concorrência em outros setores.
"A direção da reforma das empresas estatais deveria ser: as estatais precisam ser mais orientadas para o mercado, e precisam continuar fortalecendo sua vitalidade e influência", disse a jornalistas Wang Yong, chefe de uma comissão encarregada de supervisionar e gerir patrimônio público.
"Os acadêmicos podem ter visões diferentes, mas essa é a necessidade de desenvolvimento das empresas e do Estado", acrescentou.
Hu disse na quinta-feira que Pequim deve "sem hesitação consolidar e desenvolver o setor público da economia" e "investir mais capital estatal" em setores estratégicos para a economia e a segurança nacional.
Empresas estatais e suas afiliadas respondem por mais de metade do PIB e dos empregos na China, segunda maior economia do mundo. Elas incluem a Rede Estatal de distribuição elétrica (sétima maior empresa do mundo) e as gigantes petrolíferas Sinopec e CNPC, quinta e sexta maiores, respectivamente.
Das 70 empresas da China continental que apareceram em 2012 na lista Fortune Global 500, 65 são estatais.
Reformistas chineses e governos estatais dizem que seu tamanho e seu domínio sobre o mercado prejudicam a economia, por gerarem desperdício e oportunidades de corrupção, levando a custos maiores para os consumidores.
O congresso partidário comunista define a nova cúpula de poder na China, numa sucessão que ocorre uma vez a cada década. O vice-presidente Xi Jinping deve assumir o cargo de secretário-geral do partido, para se tornar presidente do país em março.