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Para Barclays, Brasil está "manchado", mas ainda brilha

Relatório afirma que intervencionismo do governo desilude os investidores; o banco britânico, contudo, ainda aposta no crescimento do PIB no 2º semestre

Lenta recuperação econômica também tira o brilho do país (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2012 às 21h58.

São Paulo - O grupo bancário britânico Barclays divulgou nesta quinta-feira relatório assinado pelo economista Marcelo Salomon em que destaca que o intervencionismo do governo brasileiro na economia vem desiludindo o mercado mundial. O documento relata que a visão extremamente otimista dos mercados sobre o Brasil, que vigorou nos últimos anos, está agora "manchada".

Na avaliação de Salomon, a principal causa desta mudança de humor é o fato de o Palácio do Planalto ter estendido seu poder a vários setores. Os alvos prediletos, afirma o relatório, são o preço da gasolina e o sistema bancário. Outro item que vem sofrendo expressiva intervenção governamental é a taxa de câmbio. Por meio da tributação principalmente, o governo busca inibir os fluxos de capitais para o país e, desta forma, não permitir a valorização da moeda brasileira sob o pretexto de ajudar o crescimento. Desta forma, o Planalto almeja estimular setores exportadores e reduzir a entrada de produtos estrangeiros que trazem forte concorrência para o mercado interno.

Além da significativa intervenção estatal, a lenta recuperação do PIB nacional também tira o brilho do Brasil aos olhos dos investidores estrangeiros. Na visão do Barcleys, o baixo patamar de crescimento faz com que o país fique mais vulnerável num cenário de nova crise global.

O próprio Barclays, contudo, avalia que o pessimismo do mercado é excessivo. Com o estímulo monetário e fiscal, o banco britânico ainda aposta que a economia deve voltar a crescer no próximo semestre, voltando a atrair investidores internacionais, ainda que com menor intensidade.

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São Paulo - O grupo bancário britânico Barclays divulgou nesta quinta-feira relatório assinado pelo economista Marcelo Salomon em que destaca que o intervencionismo do governo brasileiro na economia vem desiludindo o mercado mundial. O documento relata que a visão extremamente otimista dos mercados sobre o Brasil, que vigorou nos últimos anos, está agora "manchada".

Na avaliação de Salomon, a principal causa desta mudança de humor é o fato de o Palácio do Planalto ter estendido seu poder a vários setores. Os alvos prediletos, afirma o relatório, são o preço da gasolina e o sistema bancário. Outro item que vem sofrendo expressiva intervenção governamental é a taxa de câmbio. Por meio da tributação principalmente, o governo busca inibir os fluxos de capitais para o país e, desta forma, não permitir a valorização da moeda brasileira sob o pretexto de ajudar o crescimento. Desta forma, o Planalto almeja estimular setores exportadores e reduzir a entrada de produtos estrangeiros que trazem forte concorrência para o mercado interno.

Além da significativa intervenção estatal, a lenta recuperação do PIB nacional também tira o brilho do Brasil aos olhos dos investidores estrangeiros. Na visão do Barcleys, o baixo patamar de crescimento faz com que o país fique mais vulnerável num cenário de nova crise global.

O próprio Barclays, contudo, avalia que o pessimismo do mercado é excessivo. Com o estímulo monetário e fiscal, o banco britânico ainda aposta que a economia deve voltar a crescer no próximo semestre, voltando a atrair investidores internacionais, ainda que com menor intensidade.

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