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Para 8 em cada 10 venezuelanos, dinheiro não dá para comida

De acordo com o relatório do Banco Central, em 2015 os preços dos alimentos aumentaram 315%

Venezuela: 79,6% dos entrevistados respondeu que dinheiro não foi suficiente para a comida e 79,9% para os medicamentos (Marco Bello / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 15h20.

Oito em cada 10 venezuelanos afirmam não ter dinheiro suficiente para comprar alimentos ou remédios, o que reflete uma deterioração da situação nos últimos 22 meses, segundo uma pesquisa da empresa Venebarómetro.

Ante a pergunta "o dinheiro deu para comprar ou pagar bens ou serviços básicos durante janeiro?", 79,6% dos entrevistados respondeu que não foi suficiente para a comida e 79,9% para os medicamentos, enquanto que 89,7% não teve condições de comprar roupa e 64,8% não teve como pagar pelos serviços de educação.

Com uma inflação que se acelera no país, de 68,5% em 2014 e 180,9% em 2015, o estudo do Venebarómetro explica que há dois anos a população tem menos capacidade para cobrir seus gastos.

De acordo com o relatório do Banco Central, em 2015 os preços dos alimentos aumentaram 315%. E em relação a abril de 2014 - período analisado pela pesquisa -, o aumento foi de 646%, segundo dados oficiais

No caso dos medicamentos, é pior, pois, segundo o Venebarómetro, em abril de 2014, 63,9% dos entrevistados manifestaram não poder comprar todos os remédios necessários.

A pesquisa foi realizada entre 21 e 31 de janeiro em lares urbanos e rurais, com 1.200 pessoas dos dois gêneros e todos estratos socioeconômicos.

A margem de erro é de 2,37% e o nível de confiança é de 90%.

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Oito em cada 10 venezuelanos afirmam não ter dinheiro suficiente para comprar alimentos ou remédios, o que reflete uma deterioração da situação nos últimos 22 meses, segundo uma pesquisa da empresa Venebarómetro.

Ante a pergunta "o dinheiro deu para comprar ou pagar bens ou serviços básicos durante janeiro?", 79,6% dos entrevistados respondeu que não foi suficiente para a comida e 79,9% para os medicamentos, enquanto que 89,7% não teve condições de comprar roupa e 64,8% não teve como pagar pelos serviços de educação.

Com uma inflação que se acelera no país, de 68,5% em 2014 e 180,9% em 2015, o estudo do Venebarómetro explica que há dois anos a população tem menos capacidade para cobrir seus gastos.

De acordo com o relatório do Banco Central, em 2015 os preços dos alimentos aumentaram 315%. E em relação a abril de 2014 - período analisado pela pesquisa -, o aumento foi de 646%, segundo dados oficiais

No caso dos medicamentos, é pior, pois, segundo o Venebarómetro, em abril de 2014, 63,9% dos entrevistados manifestaram não poder comprar todos os remédios necessários.

A pesquisa foi realizada entre 21 e 31 de janeiro em lares urbanos e rurais, com 1.200 pessoas dos dois gêneros e todos estratos socioeconômicos.

A margem de erro é de 2,37% e o nível de confiança é de 90%.

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