Pandemia faz PIB do G20 ter queda recorde de 6,9% no 2º trimestre
A China foi o único integrante do G20 a ter expansão no segundo trimestre. Sem ela, a queda do PIB foi de 11,8% no 2º trimestre
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de setembro de 2020 às 08h42.
Última atualização em 14 de setembro de 2020 às 09h15.
O Produto Interno Bruto ( PIB ) da maioria dos países que formam o grupo das 20 maiores economias do mundo ( G-20 ) sofreu contração recorde no segundo trimestre diante das medidas de isolamento motivadas pela crise do coronavírus, segundo relatório publicado nesta segunda-feira, 14, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE ).
O documento mostra que o PIB do G-20 teve uma queda inédita de 6,9% entre abril e junho ante os três primeiros meses do ano, bem maior do que o declínio de 1,6% visto no primeiro trimestre de 2009, quando a crise financeira mundial estava no auge.
A China foi o único integrante do G-20 a ter expansão no segundo trimestre, de 11,5%, uma vez que o foi primeiro país a enfrentar a covid-19 e a se recuperar após o choque inicial da pandemia. Sem a China, a queda do PIB do G-20 no período foi de 11,8%.
Os tombos mais dramáticos foram na Índia, de 25,2%, e no Reino Unido, de 20,4%. Reduções marcantes também foram observadas no México (-17,1%), África do Sul (-16,4%), França (-13,8%), Itália (-12,8%), Canadá (-11,5%), Turquia (- 11%), Brasil e Alemanha (-9,7% em ambos os países), Estados Unidos (-9,1%), Japão (-7 9%), Austrália (-7.0%) e Indonésia (- 6.9%), revela o documento.
Já a queda menos pronunciada foi na Coreia do Sul e na Rússia, de 3,2% em ambos os casos.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB do G-20 encolheu 9,1% no segundo trimestre, apontou a OCDE.