"Panama Papers" permitiu recuperação de US$ 1,2 bilhão por 22 países
Investigação incluiu mais de 100 jornais e revelou que 140 empresários, líderes políticos e bilionários tinham bens ocultos em paraísos fiscais
AFP
Publicado em 3 de abril de 2019 às 09h18.
Três anos depois das revelações dos " Panama Papers ", os 22 países afetados por este escândalo internacional de evasão fiscal conseguiram recuperar 1,2 bilhão de dólares, informou nesta terça-feira o consórcio de investigação que revelou o caso.
O fisco britânico recuperou das mãos dos sonegadores 252 milhões de dólares, a Alemanha 183 milhões, a França 136 milhões e a Austrália 92 milhões, informa um comunicado do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês).
Os Estados recuperaram 1,2 bilhão de dólares e o valor pode aumentar, indicou o ICIJ.
"Os 'Panama Papers' permitiram aos governos recuperar fundos ocultos e também, a longo prazo, modificar o comportamento e a atitude dos cidadãos", completa o consórcio.
Vários países abriram investigações judiciais sobre os 'Panama Papers', um vasto sistema de evasão fiscal organizado pelo escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca.
A investigação, que incluiu mais de 100 jornais, revelou entre outras coisas que 140 empresários, líderes políticos, estrelas de futebol e bilionários tinham bens ocultos em paraísos fiscais.