Palocci pede que empresários invistam no país
O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, que foi ao ar na noite de sexta-feira (24/10), disse que a inflação está sob controle e pediu aos empresários que invistam no país. Palocci ressaltou que o controle da inflação não quer dizer que todos os problemas do país […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h58.
O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, que foi ao ar na noite de sexta-feira (24/10), disse que a inflação está sob controle e pediu aos empresários que invistam no país. Palocci ressaltou que o controle da inflação não quer dizer que todos os problemas do país tenham sido resolvidos, mas que "começaremos a viver um tempo novo daqui para frente". Ao final do pronunciamento, Palocci disse que o governo cumpriu sua promessa de garantir estabilidade econômica e fez um apelo para que os empresários respondam com o investimento de recursos, que levem ao aumento das exportações, do emprego e do consumo. "Se queremos, verdadeiramente, transformar este país num país de todos, é importante que todos façam a sua parte", disse o ministro.
O ministro destacou a importância da queda do risco-país que, segundo ele, determina o custo dos empréstimos para o governo e para as empresas brasileiras. "Felizmente posso dizer a vocês neste momento que esse perverso círculo vicioso foi quebrado", disse ele.
"Hoje [sexta-feira], nove meses e 24 dias depois da posse do presidente Lula, e na qualidade de seu ministro responsável pela área econômica, posso dizer a vocês, com absoluta segurança, que vencemos essa batalha. A inflação está finalmente controlada, os juros estão em baixa e o dólar, estável", disse Palocci no pronunciamento.
O ministro também fez uma previsão otimista para o final do ano, dizendo que o Brasil terá um Natal "um pouco melhor" para o comércio, e um Ano Novo "com muito mais esperança".
Leia a íntegra do pronunciamento do ministro Antonio Palocci:
"Meus amigos e minhas amigas,
Na qualidade de ministro da Fazenda, quero conversar nesse momento com vocês um pouco sobre o nosso passado, mas, sobretudo, sobre nosso futuro.
Temos repetido muito, e vamos continuar repetindo sempre, que o maior desafio deste governo, nestes seus primeiros meses, era, sem dúvida, estabilizar a economia e criar as condições para cumprir aquele que é o nosso objetivo principal: gerar empregos e promover a distribuição de renda.
Como todos sabem, no ano passado a inflação voltou a crescer, causando graves problemas para todos, especialmente para as pessoas mais pobres. A alta de preços corrói os salários, reduzindo muito o poder de compra das famílias até para coisas essenciais, como roupa, comida e transporte. É importante que todos entendam que o controle da inflação é indispensável para nosso país crescer com segurança.
Pois bem meus amigos. Hoje, nove meses e 24 dias depois da posse do presidente Lula, e na qualidade de seu ministro responsável pela área econômica, posso dizer a vocês, com absoluta segurança, que vencemos essa batalha.
A inflação está finalmente controlada, os juros estão em baixa e o dólar estável. O risco país encontra-se em torno de 600 pontos, depois de ter atingido 2.400 pontos, no ano passado. Isso é muito importante, porque o risco país determina o custo dos empréstimos para o governo e para as empresas brasileiras. Quanto mais alto o risco país, mais altos são os juros que pagamos pelos empréstimos lá fora.
Quanto mais caro o custo do dinheiro lá fora, maiores são os juros aqui dentro. E quanto maiores os juros aqui dentro, maior a dívida e a desconfiança no país. Felizmente posso dizer a vocês neste momento que esse perverso círculo vicioso foi quebrado.
Veja, isso não quer dizer que todos os nossos problemas já foram resolvidos. Mas significa que começaremos sim a viver um tempo novo daqui para frente. Isso foi possível porque o governo tomou medidas para colocar as finanças do país em ordem. Durante muitos anos, o governo brasileiro gastou mais do que podia. Por isso, nos últimos anos, o governo foi perdendo sua capacidade de investir em Educação, em Saúde, em Segurança Pública e também na Infra-estrutura do país.
Hoje, o mundo inteiro já percebe o quanto o Brasil mudou. Um bom exemplo disso é que o índice da bolsa de valores brasileira, onde são vendidas todos os dias ações das nossas empresas, não pára de crescer. Este é um fato importante, porque significa que os investidores já perceberam que os próximos anos serão de tranqüilidade, de crescimento e de grandes oportunidades em nosso país. As empresas brasileiras, aos poucos, também começam a retomar os seus investimentos, porque sem o risco da inflação e com os juros em queda, todos já podem planejar o seu futuro com mais segurança e tranqüilidade.
Vivemos um novo momento, repito: o fim do ano se aproxima e com certeza já teremos um natal um pouco melhor para o comércio, e um ano novo com muito mais esperança para o povo brasileiro.
Enfim, meus amigos, o Brasil está pronto agora para voltar a crescer. A partir de agora, como acontece nos países de economia madura e desenvolvida, cada vez mais as empresas vão ganhar por sua competência, qualidade de serviços e volume de vendas. Este sim é o ambiente saudável para crescer e desenvolver o Brasil, onde o lucro justo é obtido às custas do investimento e do trabalho. O governo está cumprindo a sua promessa de garantir a estabilidade econômica.
Tenham certeza disso. Agora é preciso que os empresários respondam com o investimento de recursos que levem ao aumento das exportações, das ofertas de emprego e do consumo. Se queremos, verdadeiramente, transformar este país num país de todos, é importante que todos façam a sua parte.
Muito obrigado e boa noite."