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Palocci afirma que fica na Fazenda e não coordena campanha de Lula

Decisão foi do próprio presidente da República, diz ministro da Fazenda

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h53.

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, garantiu que não sairá do governo para coordenar a campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "De forma definitiva, quero deixar claro que não estarei numa eventual campanha de Lula este ano. Pela própria vontade manifestada pelo presidente, permanecerei à frente do Ministério da Fazenda", afirmou aos participantes de uma teleconferência realizada pela consultoria Tendências, nesta terça-feira (14/3).

A declaração foi feita no mesmo dia em que o PSDB anunciou o governador paulista, Geraldo Alckmin, seu candidato oficial à presidência da República, depois de meses de intensas negociações na cúpula tucana, que aguardava uma resposta definitiva de outro cotado para a corrida presidencial - o prefeito paulistano José Serra.

A definição da candidatura tucana, segundo os analistas, marca o início efetivo da disputa eleitoral deste ano. Para Palocci, mesmo que a eleição seja bastante concorrida, com a polarização entre tucanos e petistas, seu impacto sobre a economia será pequeno. "A crise deflagrada no ano passado mostrou que existe um fator político novo no Brasil. Apesar de todas as denúncias, os indicadores da economia não pioraram, não houve aumento de gastos públicos, o que mostra uma maturidade dos agentes econômicos e políticos", afirmou.

A economia em ordem não significa que Palocci está sendo poupado da crise política. Com as denúncias de que o ministro freqüentou uma mansão no Lago Sul - zona nobre de Brasília -, na qual seriam realizadas partilhas de dinheiro, os analistas voltaram a cogitar uma eventual saída de Palocci do ministério. Durante a teleconferência de ontem, porém, o ministro buscou atenuar as acusações. "A repetição destas denúncias, que já foram feitas no ano passado, tem relação com a aproximação do processo eleitoral, o clima político mais acirrado é que está sendo responsável por essa retomada", disse.

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