EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h54.
um dos menores patamares dos últimos anos, mas ainda bastante elevado. O compulsório contribui para elevar as taxas de juros cobradas pelos bancos e também o spread.
O presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, também presente ao evento, lembrou que o crédito está atrelado ao crescimento econômico. Não temos demanda por crédito hoje , diz Cypriano. Assim como Meirelles, ele espera a retomada o crescimento nos últimos meses do ano: Historicamente temos um aquecimento da economia no final do ano e isso ajudará na retomada . Para Cypriano, a Selic fecha o ano em 19%.
Risco-país
Em sua palestra, Meirelles voltou a defender que o motor do crescimento (leia-se capacidade produtiva do país) está baseado na geração do emprego e na distribuição de renda. Mas ambas diretrizes dependem da retomada dos investimentos e da queda do custo do capital (no Brasil, um dos maiores do mundo). O custo do capital para as empresas em um mundo globalizado, porém, não reflete apenas a Selic.
Os investimentos no Brasil também são afetados pelo risco-país, indicador que mede a capacidade de um país para honrar suas dívidas. Quanto maior o risco-país, menor confiança que ele desperta entre os investidores, que por sua vez vão cobrar mais caro para comprar papéis de empresas e do governo. Um dos entraves ao pleno desenvolvimento da economia é o patamar elevado da nossa taxa de risco país , disse Meirelles.
Nesta segunda, o risco-país medido pelo banco JP Morgan estava em 721 pontos-base, acima dos índices de países como Turquia, Colômbia ou México. Esse risco país é resultado de uma coleção de erros heterodoxos que não desejamos repetir , disse. Para o presidente do BC, o Brasil precisa fazer o dever de casa , para manter a estabilidade econômica interna e não ser afetado por crises internacionais ou desconfianças. Os erros do passado, listados por Meirelles, foram: