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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h47.
Para tirar a atratividade do baixo preço oferecido por piratas da TV a cabo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estuda a criação de pacotes de TV por assinatura que poderão custar 15 reais por mês, menos de um terço do preço mínimo atual praticado pelas operadoras. Se essa proposta for realizada, poderá combater uma das causas do crescimento das ligações clandestinas no setor. A comissão antipirataria da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (Abta) concluiu que a maioria dos piratas são ex-assinantes que, depois de se tornar inadimplentes e ter a assinatura cortada, se converteram em usuários ilícitos.
A Abta também iniciou um trabalho para incentivar essa parcela do público a legalizar a situação e voltar a ser usuária regular do serviço. Em agosto, a entidade lançou uma campanha de combate ao furto de sinais com o mote "Pirataria, Essa Tevê Ninguém Quer Ver". A campanha também pretende conscientizar a população de que o furto de sinais é crime, dá cadeia e deteriora a qualidade do serviço prestado a quem paga.
A Abta calcula que existam 300 000 conexões piratas de TV a cabo, o equivalente a 14% da base de assinantes regulares. O prejuízo decorrente é da ordem de 200 milhões de reais por ano. Há no país 3,6 milhões de domicílios com TV por assinatura. A infra-estrutura instalada de cabos e fibras ópticas, com 60 000 quilômetros de extensão, alcança 20 milhões de domicílios urbanos.
Entre os grandes consumidores piratas, foi identificado o setor hoteleiro. No ano passado, a Abta enviou uma carta a 8 500 hotéis e pousadas, esclarecendo a maneira correta de realizar a transmissão de sinais aos hóspedes. A ação resultou na regularização de mais de 4 000 quartos de hotel, em 30 estabelecimentos.