Economia

Oposição de Portugal exige renegociação do resgate europeu

Governo conservador de Lisboa indicou que isto não se justifica por enquanto

'Não vejo razão para pedir uma renegociação das condições', afirmou o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho (Francisco Leong/AFP)

'Não vejo razão para pedir uma renegociação das condições', afirmou o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho (Francisco Leong/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2012 às 13h20.

Lisboa - A oposição socialista de Portugal exigiu neste domingo a renegociação do pacote de resgate concedido pela União Europeia (UE) a Portugal com as mesmas condições aplicadas na ajuda financeira proposta aos bancos da Espanha, mas o governo conservador de Lisboa indicou que isto não se justifica por enquanto, embora espere o mesmo tratamento.

'Não vejo razão para pedir uma renegociação das condições', afirmou o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho. 'Estaremos atentos para ver como se processa o programa específico aos bancos espanhóis'.

'Se houver alguma condição excepcional que deveria ser compartilhada com os outros países sob assistência, não tenho dúvida de que será aplicada', acrescentou o líder conservador luso, em declarações aos jornalistas após um ato oficial.

Mas Antonio José Seguro, secretário-geral do Partido Socialista (PS) luso, o principal da oposição, disse que Portugal deveria aproveitar o momento para exigir o mesmo tratamento dado à Espanha.

A ajuda financeira aos bancos espanhóis representa um 'reconhecimento da UE de que a austeridade não é o caminho', afirmou o líder do PS. 'É necessário que a UE trate todos os Estados-membros da mesma maneira. Não pode haver Estados de primeira e Estados de segunda'.

Passos Coelho, por sua vez, fez questão de lembrar que a ajuda à Espanha de até 100 bilhões de euros anunciada neste sábado pela zona do euro será concedida aos bancos, e não ao Estado espanhol.

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