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Opep pode aumentar produção se preços subirem mais, dizem fontes

A produção de petróleo da Opep tem diminuído desde o ano passado por conta da sanções americanas contra o Irã e a Venezuela, além dos cortes da Rússia

Opep: fontes indicam que a organização pretende aumentar a produção caso o preço do barril chegue a 85 dólares (Dominique BERBAIN/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 11 de abril de 2019 às 11h12.

Dubai/Londres/Moscou — A Opep pode aumentar a produção de petróleo a partir de julho caso a oferta venezuelana e iraniana caia ainda mais e os preços continuem se recuperando, porque a ampliação dos cortes de produção com a Rússia e outros aliados pode apertar demais o mercado, disseram fontes.

A produção de petróleo venezuelana caiu abaixo de 1 milhão de barris por dia (bpd) devido às sanções dos EUA. A oferta iraniana pode cair ainda mais depois de maio se, como muitos esperam, Washington apertar suas sanções contra Teerã.

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Os cortes de abastecimento combinados ajudaram a impulsionar um rali de 32 por cento no preço do petróleo neste ano para quase 72 dólares o barril, levando a pressão do presidente norte-americano Donald Trump para que Opep reduzisse seus esforços de apoio ao mercado. A Opep tem dito que os freios devem permanecer, mas essa postura agora está se abrandando.

"Se houver uma grande queda na oferta e o petróleo subir para 85 dólares, isso é algo que não queremos ver, então podemos ter de aumentar a produção", disse uma fonte da Opep.

As perspectivas de mercado permanecem incertas e dependem de quão longe Washington pressionará Irã e Venezuela antes da reunião da Opep em junho, acrescentou a fonte.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Rússia e outros produtores, por meio de uma aliança conhecida como Opep+, reduziram a produção em 1,2 milhão bpd a partir de 1º de janeiro por seis meses. Eles se encontrarão de 25 a 26 de junho para decidir se estenderão o pacto.

Uma segunda fonte da Opep levantou a possibilidade de mudanças no acordo em junho enquanto estende o pacto, citando quedas na produção iraniana e venezuelana, além da volatilidade no fornecimento da Líbia.

"Espero uma prorrogação por mais um período, mas talvez haja algum ajuste", disse a fonte.

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