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ONS critica oferta de térmicas e eólicas no mesmo leilão

Diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afirma que reservatórios hidrelétricos não atingirão mais mesmos níveis do passado

Usina térmica: solução, para Chipp, é o incentivo à geração térmica e não mais hidrelétrica (Divulgação / EXAME)
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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 17h00.

Rio - O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico ( ONS ), Hermes Chipp, defendeu a geração térmica como a alternativa viável para compensar a retração da produção de energia hidrelétrica e condenou a inclusão, em um mesmo leilão , de usinas térmicas e eólicas, concorrentes.

Ele afirma que os reservatórios hidrelétricos não atingirão mais os mesmos níveis do passado, não só por causa dos períodos de seca, como ocorreu neste ano, mas também porque as grandes usinas hidrelétricas que estão sendo construídas, como a de Belo Monte, no Rio Xingu, contam com reservatórios menores, tecnicamente nomeados de reservatórios a fio d'água.

Por isso, a solução, em sua opinião, é o incentivo à geração térmica e não mais hidrelétrica.

Chipp alerta que o número de térmicas existentes hoje atende à demanda dos consumidores, mas diz que "daqui a pouco, terá que ter mais".

Além disso, contesta ele, se a prioridade forem as térmicas, não é possível que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) oferte, em um mesmo leilão, usinas térmicas e eólicas, porque a energia eólica é mais barata, o que, por uma questão de competição de preços, inviabiliza o investimento em térmicas.

"Essas coisas têm que ser articuladas. O campeonato de engenharia não vai avançar dessa forma", afirmou Chipp.

Hermes Chipp participa neste momento de evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP).

São Paulo - Ela se expandiu à velocidade de foguete nos últimos anos e hoje é a fonte que mais cresce no Brasil . Até 2018, a participação da energia eólica na matriz energética brasileira vai saltar dos atuais 3% para 8%. Segundo o último boletim sobre o setor, divulgado esta semana pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), em seis anos, a capacidade instalada dessa fonte no país vai aumentar quase 300%. Levando em conta os parque que estão em construção e a energia já contratada, vamos saltar dos atuais 3.445,3 megawatts (MW) para 13.487,3 MW, energia suficiente para abastecer mais de 20 milhões de casas no pais. Por sinal, 2013 foi um ano recorde, com 4,7 gigawatts (GW) de potência contratada, 142% a mais do que a meta esperada de 2GW. Dezembro terminou com um acréscimo de 10MW na capacidade instalada em relação ao mês anterior, passando para 3,46GW, distribuídos em 142 parques eólicos. Veja, a seguir, os estados que lideram a corrida pela eólica no país.
  • 2. Rio Grande do Norte

    2 /13(Divulgação/New Energy Options Geração de Energia)

  • Veja também

    Capacidade instalada: 1.339,2 MW Nº total de parques: 46 Parques em construção: 88 *Potência total até 2018: 3.654,2 MW *representa a potência em operação, em construção e contratada
  • 3. Ceará

    3 /13(Gentil Barreira/EXAME.com)

  • Capacidade instalada: 661,0 MW Nº total de parques: 22 Parques em construção: 70 *Potência total até 2018: 2.325,7 MW *representa a potência em operação, em construção e contratada
  • 4. Bahia

    4 /13(Renova Energia)

    Capacidade instalada: 587.6 MW Nº total de parques: 24 Parques em construção: 109 *Potência total até 2018: 1.978,9 MW

    *representa a potência em operação, em construção e contratada
  • 5. Rio Grande do Sul

    5 /13(ITAMAR AGUIAR/ PALACIO PIRATINI/Divulgacão)

    Capacidade instalada: 460,0 MW Nº total de parques: 15 Parques em construção: 73 *Potência total até 2018: 1.978,9 MW *representa a potência em operação, em construção e contratada, até 2018
  • 6. Santa Catarina

    6 /13(Kárin Ane Côrso/Site da Prefeitura de Água Doce)

    Capacidade instalada: 236,4 MW Nº total de parques: 13 Parques em construção: 0 *Potência total até 2018: 236,4 MW *representa a potência em operação, em construção e contratada
  • 7. Paraíba

    7 /13(Divulgação/ Pacific Hydro)

    Capacidade instalada: 69,0 MW Nº total de parques: 13 Parques em construção: 0 *Potência total até 2018: 69,0 MW *representa a potência em operação, em construção e contratada
  • 8. Sergipe

    8 /13(Divulgação/Desenvix)

    Capacidade instalada: 34,5 MW Nº total de parques: 1 Parques em construção: 0 *Potência total até 2018: 34,5 MW *representa a potência em operação, em construção e contratada
  • 9. Rio de Janeiro

    9 /13(Divulgação/Omega Energia)

    Capacidade instalada: 28,1 MW Nº total de parques: 1 Parques em construção: 0 *Potência total até 2018: 28,1 MW

    *representa a potência em operação, em construção e contratada
  • 10. Pernambuco

    10 /13(Germano Lüders/EXAME)

    Capacidade instalada: 24,8 MW Nº total de parques: 5 Parques em construção: 18 *Potência total até 2018: 534,5 MW *representa a potência em operação, em construção e contratada
  • 11. Piauí

    11 /13(Arquivo Tractebel Energia)

    Capacidade instalada: 18,0 MW Nº total de parques: 1 Parques em construção: 33 *Potência total até 2018: 951,6 MW *representa a potência em operação, em construção e contratada
  • 12. Paraná

    12 /13(Rafael Drake/ WikimediaCommons)

    Capacidade instalada: 2,5 MW Nº total de parques: 1 Parques em construção: 0 *Potência total até 2018: 2,5 MW *representa a potência em operação, em construção e contratada
  • 13. Eles dão exemplo

    13 /13(Wikimedia Commons)

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