Economia

Obama: 'queremos nosso dinheiro de volta e o teremos'

O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que "nós queremos nosso dinheiro de volta e o teremos", e disse que os bancos têm uma responsabilidade para com os contribuintes por causa da ajuda que receberam e devem pagar um imposto sobre a concessão de bônus volumosos aos seus executivos.   "Em vez de enviar uma […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que "nós queremos nosso dinheiro de volta e o teremos", e disse que os bancos têm uma responsabilidade para com os contribuintes por causa da ajuda que receberam e devem pagar um imposto sobre a concessão de bônus volumosos aos seus executivos.

"Em vez de enviar uma tropa de lobistas para contestar essa proposta ou empregar um exército de advogados e contadores para ajudar a evadir o imposto, eu sugiro que vocês considerem simplesmente em cumprir com suas responsabilidades", disse Obama em declarações na Casa Branca.

Obama, que disse que sua resolução de devolver os recursos aos contribuintes tornou-se mais forte após reportagens sobre "bônus obscenos", anunciou formalmente seu plano para um novo imposto sobre as grandes empresas do setor financeiro. A Casa Branca o chama de "taxa de responsabilidade na crise financeira". Cerca de 60% da receita virá das dez maiores empresas financeiras.

A proposta, que exclui pequenos bancos e montadoras que aceitaram recursos do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês), reflete a irritação pública com Wall Street e a crescente insatisfação com os bilhões em bônus que as empresas financeiras deverão conceder este ano.

O setor bancário se opõe fortemente à taxa proposta, chamando-a de exercício político que vai prejudicar a recuperação econômica e que acabará recaindo sobre os consumidores.

Mas a Casa Branca, que precisa de apoio do Congresso para que a medida seja aprovada, afirma que a taxa é razoável porque muitas empresas contribuíram para a crise financeira e todas se beneficiaram da grande intervenção promovida pelo governo.

Se aprovada pelos congressistas, a taxa entrará em vigor em 30 de junho deste ano e vai durar pelo menos dez anos. Ela totalizaria 0,15% dos ativos totais menos o capital de alta qualidade, como ações ordinárias e lucros retidos e divulgados. Depósitos cobertos pela FDIC e reservas para seguros também não seriam taxados porque esses ativos já estão sujeitos a impostos federais, de acordo com a Casa Branca.

O imposto atingiria cerca de 50 bancos, companhias de seguros e grandes corretoras. Desse total, 35 seriam norte-americanos e de 10 a 15 seriam subsidiárias nos EUA de empresas financeiras estrangeiras. As informações são da Dow Jones.

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