O que 7 dados inusitados dizem sobre a economia do Brasil
Além do PIB, outros números menos óbvios podem dar boas dicas sobre o desempenho econômico dos países
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h44.
São Paulo – O produto interno bruto ( PIB ) continua sendo a maneira mais conhecida de medir o tamanho de uma economia. Porém, uma série de outros indicadores podem dar muitas dicas de como anda a saúde financeira dos países. Alguns desses indicadores, como nível de emprego, são bem conhecidos. Outros já são mais inusitados. Confira o que alguns dados nada óbvios podem dizer sobre o desempenho recente da economia brasileira .
Todos os anos, a The Economist Intelligence Unit (EIU), empresa de pesquisas do grupo Economist, faz um levantamento para descobrir as cidades com o maior e menor custo de vida do mundo. Neste ano, o estudo apontou que São Paulo é a sétima cidade mais cara das Américas e a 43º do mundo. Já o Rio de Janeiro ficou em 13º lugar entre cidades das Américas e em 61º no ranking mundial. O resultado do estudo é influenciado por fatores diretos, como inflação, e indiretos, como o câmbio (já que os preços são convertidos para dólares).
O preço de diárias de hotéis pelo mundo também costuma ser considerado uma espécie de indicador econômico. Além de medir a inflação, mede a demanda de visitantes internacionais por um país, seja por turismo ou por negócios. O Brasil apareceu em dois rankings anuais com preços nas alturas. Um deles é o do Hogg Robinson Group, empresa de soluções em viagens corporativas, que mede o preço por cidades. Nesta pesquisa, o Rio de Janeiro apareceu em quinto lugar, com diárias médias de 518 reais. Já o site Hotels.com faz a medição por países e mostrou o Brasil em quarto lugar no ranking, com diárias médias de 507 reais.
O já famoso Índice Big Mac, calculado pela revista The Economist, ganhou nesse ano uma versão interativa que mede quanto uma moeda está sobrevalorizada em relação ao dólar. Sem ajustes, o índice apontou o real como a quinta moeda mais sobrevalorizada do mundo. Ao ajustar os números pelo poder de compra dos habitantes de cada país, o Brasil passar a ter o Big Mac mais caro do mundo, ou seja, a moeda mais sobrevalorizada.
O Fórum Econômico Mundial estudou o desenvolvimento do sistema financeiro de 62 países e regiões pelo globo. No ranking elaborado, o Brasil figurou em 32º lugar. A análise estudou cerca de 120 variáveis agrupadas em sete pilares: ambiente institucional, ambiente de negócios, estabilidade financeira, serviços bancários, outros serviços financeiros, mercado financeiro e acesso da população e empresas ao sistema financeiro.
Um estudo encomendado pela Ernst & Young para a Economist Intelligence Unit estudou o nível de globalização das 60 maiores economias do mundo. Neste ranking, o Brasil ficou em 45º lugar. O Globalization Index mediu como os países se relacionam com outros nos seguintes quesitos: abertura para os negócios, fluxo de capitais, intercâmbio de tecnologia e ideias, mercado de trabalho e integração cultural.
Avaliar o preço dos imóveis também é uma boa maneira de estudar a economia de um país. Assim, é possível determinar como anda a renda da população de acordo com oscilações na procura de casas e apartamentos. Um ranking relativo a 2012 mostrou que o Brasil tem o mercado imobiliário mais efervescente do mundo. Segundo a consultoria imobiliária Knight Frank, os preços no Brasil são os que mais subiram em 12 meses (até o terceiro trimestre do ano passado).
O indicador é considerado um termômetro da atividade econômica, já que o material é fundamental para fabricação de embalagens utilizadas na indústria de transformação nacional. As vendas em janeiro somaram 273,767 mil toneladas, segundo dados preliminares divulgados pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). O resultado representa um novo recorde do setor para os meses de janeiro, superando a marca de 2012 (248,207 mil toneladas).
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