Economia

O efeito Eron-lá

O risco Brasil não subiu apenas por causa de Lula

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h58.

O avanço de Lula nas intenções de voto a partir de maio passado coincidiu com uma violenta deterioração do mercado financeiro internacional. O risco Brasil, medido pelo prêmio que os investidores internacionais exigem para comprar títulos brasileiros, subiu da média histórica de 1 000 pontos-base (centésimos de ponto percentual) para nigerianos -- e impagáveis -- 2 400 pontos-base nos piores momentos.

A culpa só poderia ser do candidato petista. Será? Um estudo do argentino Guillermo Calvo, economista-chefe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), mostra que essa alta coincidiu com uma deterioração do crédito americano. As empresas que emitem títulos de alto risco (chamados "high yield") viram os juros subir de 600 para 1 000 pontos-base no mesmo período (veja gráfico).

Segundo Calvo, o caso da Enron mostrou os problemas contábeis americanos e provocou uma desconfiança generalizada dos investidores, que correram para títulos do governo americano. Pelas contas do mercado, se em agosto passado o líder nas pesquisas fosse José Serra o risco Brasil estaria em torno de 1 500 pontos-base, bem abaixo dos picos que atingiu, mas bastante acima de sua média histórica.

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