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Novas medidas no Brasil são ruins para crédito, diz Moody's

A Moody's avalia que isso colocará mais pressão sobre as posições de capital dos bancos, que têm declinado como resultado do rápido crescimento dos empréstimos

Sede da Moody's: a Moody's avalia que isso vai colocar mais pressão sobre as posições de capital dos bancos (REUTERS/Brendan McDermid)
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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 18h13.

São Paulo - As novas medidas anunciadas pelo governo do Brasil para estimular a atividade econômica usando bancos públicos são negativas para o crédito dos bancos , afirmou em relatório a agência de classificação de risco Moody's .

Segundo a agência, as iniciativas vão encorajar essas instituições a assumir mais ativos de risco em um momento em que a recessão econômica, a alta inflação e o aumento do desemprego já estão erodindo a capacidade de pagamento dos tomadores de empréstimos.

A Moody's avalia que isso vai colocar mais pressão sobre as posições de capital dos bancos, que têm declinado como resultado do rápido crescimento dos empréstimos.

"As últimas iniciativas terão o maior impacto sobre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que será envolvido na expansão de três programas de crédito", afirmou a Moody's.

O governo também pretende usar R$ 10 bilhões em recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e, segundo a agência, isso provavelmente terá maior impacto sobre a Caixa Econômica Federal (Caixa), que teve de conter os empréstimos imobiliários durante o último ano por causa de limites de funding.

O governo também apresentou uma proposta para permitir que trabalhadores do setor privado usem seus recursos no FGTS como colateral (garantia) para empréstimos consignados.

"Embora essa iniciativa ainda exija aprovação do Congresso, ela tem potencial para ampliar os empréstimos em folha de pagamento no setor privado", comentou a Moody's.

Apesar de as proporções de capital desses bancos ainda estarem acima dos mínimos regulatórios, "o plano para estimular um crescimento rápido e contínuo dos empréstimos desses bancos provavelmente vai levar a mais declínios na capitalização", disse a Moody's.

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Segundo a agência, as iniciativas vão encorajar essas instituições a assumir mais ativos de risco em um momento em que a recessão econômica, a alta inflação e o aumento do desemprego já estão erodindo a capacidade de pagamento dos tomadores de empréstimos.

A Moody's avalia que isso vai colocar mais pressão sobre as posições de capital dos bancos, que têm declinado como resultado do rápido crescimento dos empréstimos.

"As últimas iniciativas terão o maior impacto sobre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que será envolvido na expansão de três programas de crédito", afirmou a Moody's.

O governo também pretende usar R$ 10 bilhões em recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e, segundo a agência, isso provavelmente terá maior impacto sobre a Caixa Econômica Federal (Caixa), que teve de conter os empréstimos imobiliários durante o último ano por causa de limites de funding.

O governo também apresentou uma proposta para permitir que trabalhadores do setor privado usem seus recursos no FGTS como colateral (garantia) para empréstimos consignados.

"Embora essa iniciativa ainda exija aprovação do Congresso, ela tem potencial para ampliar os empréstimos em folha de pagamento no setor privado", comentou a Moody's.

Apesar de as proporções de capital desses bancos ainda estarem acima dos mínimos regulatórios, "o plano para estimular um crescimento rápido e contínuo dos empréstimos desses bancos provavelmente vai levar a mais declínios na capitalização", disse a Moody's.

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