Economia

Investimento global em energia limpa caiu 11% em 2013

No ano passado, os investimentos em fontes renováveis e sistemas inteligentes de energia somaram US$ 254 bilhões, ante US$ 286.2 bilhões de 2012


	Renováveis: recorde de investimentos na área ocorreu em 2011, com total de US$ 317.9 bilhões
 (Getty Images)

Renováveis: recorde de investimentos na área ocorreu em 2011, com total de US$ 317.9 bilhões (Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h55.

São Paulo – Os investimentos em energia renovável caíram pelo segundo ano consecutivo, de acordo com dados da empresa de pesquisa Bloomberg New Energy Finance (Bnef).

No ano passado, os investimentos em fontes limpas e sistemas inteligentes de energia somaram US$ 254 bilhões, ante US$ 286.2 bilhões de 2012.

O recorde de investimentos na área ocorreu em 2011, com um total de US$ 317.9 bilhões. Segundo a Bnef, o reduzido volume de investimento em 2013 é reflexo de duas condições.

Em parte, ele se explica pela queda no custo de sistemas fotovoltaicos, uma conjuntura positiva.

Mas também tem a ver com o impacto sobre a confiança dos investidores das mudanças na política em relação à energia renovável na Europa e nos Esrados Unidos (EUA).

Os EUA, como um dos maiores investidores em energia limpa, ao lado da China, viu seus compromissos despencarem 8,4%, de US$ 53 bilhões para US$ 48.4 bilhões.

Já a China investiu US$ 61.3 bilhões no setor no ano passado, uma queda modesta de 3,8 % em relação a 2012. Esta foi a primeira redução no investimento chinês em energia limpa em mais de um década.

Quando se olha a participação do velho continente, a diferença é gritante. Os investimentos da Europa em energia limpa caíram 41%, para US$ 57.8 bilhões, ante os US$ 97.8 bilhões de 2012.

Segundo a Bnef, a queda pode ser entendida, em grande parte, porque países como Alemanha, Itália e França deram sinais trocados em dois momentos: não apenas restringiram subsídios para o setor, como não contiveram incertezas sobre planos futuros para área.

Na contramão, o Japão aumentou seus investimentos em 55%, somando US$ 35.4 bilhões em 2013.

A alta japonesa foi estimulada por um boom de instalação solar em pequena escala que está preenchendo a lacuna deixada pelas usinas nucleares fechadas, avalia a Bnef.

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