Economia

FED não deve anunciar mudança, mas pode alterar linguagem

As autoridades do banco central americano devem debater o que fazer no futuro próximo, após fim de reunião de dois dias que termina amanhã


	Prédio do Federal Reserve: paralisação do governo e as disputas sobre o teto da dívida injetaram incerteza na economia e prejudicaram a confiança
 (Jonathan Ernst/Reuters)

Prédio do Federal Reserve: paralisação do governo e as disputas sobre o teto da dívida injetaram incerteza na economia e prejudicaram a confiança (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 19h39.

O Federal Reserve conclui sua reunião de dois dias amanhã e, apesar de não ser esperada nenhuma mudança na política, as autoridades do banco central americano devem debater o que fazer no futuro próximo.

Após a decisão de manter o ritmo de estímulos à economia em setembro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) não tem bons motivos para mudar alguma coisa este mês. A paralisação do governo e as disputas sobre o teto da dívida injetaram incerteza na economia e prejudicaram a confiança e os dados dos próximos meses.

O comunicado de setembro continha diversos sinais de que membros do Fed estavam inclinados a reduzir o programa de compras de bônus do banco central se tiverem confirmação da retomada da economia. Desta vez, será necessário observar o comunicado e a linguagem do Fed para ver se algo mudou após os recentes imbróglios fiscais.

Além disso, a forma com que o Fed avaliar a economia pode fornecer dicas sobre quando esperar o início do desmonte de estímulos. Em setembro, a instituição descreveu o crescimento econômico como "moderado", o que foi considerado um pouco melhor que o crescimento "modesto" definido na reunião anterior.

Desde então, houve evidências de que os mercados imobiliários e de trabalho desaceleraram. Enquanto isso, houve a paralisação de 16 dias do governo americano. Com tudo isso, é difícil ver as autoridades do Fed saindo da reunião com avaliações otimistas das condições econômicas.

As circunstâncias em geral mudaram bastante desde a última reunião em setembro e o comunicado do banco central americano precisará evoluir da mesma forma.

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