Economia

Exportações salvam zona do euro da recessão no primeiro tri

Os dados divulgados mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) ficou estável na comparação com os últimos três meses de 2011

A Eurostat informou que as exportações contribuíram com 0,5 ponto percentual para o dado final do PIB (Louisa Gouliamaki/AFP)

A Eurostat informou que as exportações contribuíram com 0,5 ponto percentual para o dado final do PIB (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 07h52.

Bruxelas - Fortes exportações salvaram a zona do euro de uma recessão no primeiro trimestre, compensando a queda em investimentos e estoques, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira que mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) ficou estável na comparação com os últimos três meses de 2011.

O Escritório de Estatísticas da União Europeia (Eurostat), entretanto, revisou para baixo sua estimativa para o crescimento do PIB no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, de 0,0 por cento para uma contração de 0,1 por cento.

O dado foi divulgado no dia em que o Banco Central Europeu se reúne para discutir a taxa de juros. Economistas preveem que não haverá mudanças, mas possivelmente haverá uma indicação de que o órgão esteja pronto para reduzir a taxa de juros no próximo mês, dada a fraqueza da economia e os problemas bancários da Espanha.

A produção das 17 economias que compõem a zona do euro havia recuado 0,3 por cento no último trimestre de 2011 contra os três meses anteriores e, se a economia tivesse encolhido pelo segundo trimestre seguido, a zona do euro estaria em recessão.

A Eurostat informou que as exportações contribuíram com 0,5 ponto percentual para o dado final do PIB, compensando quedas em investimentos e estoques, que recuaram 0,3 ponto e 0,2 ponto percentual respectivamente.

Os dados da Eurostat mostraram que Espanha, Holanda, Portugal, Grécia, Itália e Chipre estão em recessão após dois ou mais trimestres consecutivos de retração.

Os gastos de governos na zona do euro, reduzidos pela tentativa de controlar as finanças públicas, não tiveram nenhuma contribuição para o crescimento do PIB no primeiro trimestre.

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