Economia

Economistas veem aperto maior em 2014 com Selic a 10,50%

Economistas de instituições financeiras mantiveram a perspectiva de que a Selic será elevada em 0,5% nesta semana, encerrando o ano a 10%


	Notas de real: em relação à inflação, os economistas fizeram um pequeno ajuste para baixo da projeção para 2013 a 5,82%, ante 5,84 % na pesquisa anterior
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Notas de real: em relação à inflação, os economistas fizeram um pequeno ajuste para baixo da projeção para 2013 a 5,82%, ante 5,84 % na pesquisa anterior (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 08h38.

São Paulo -  Economistas de instituições financeiras mantiveram a perspectiva de que a Selic será elevada em 0,5 ponto percentual nesta semana, encerrando o ano a 10 por cento, mas passaram a ver um aperto monetário maior em 2014.

Pesquisa Focus do Banco Central mostrou nesta segunda-feira que a expectativa para o ano que vem agora é de que a taxa básica de juros encerre a 10,50 por cento, ante 10,25 por cento na semana anterior.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem sua última reunião prevista para este ano na terça e quarta-feiras para decidir o próximo nível da taxa básica de juros.

As projeções para a Selic no Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, também não sofreram alterações, mas mostram um aperto ainda maior em 2014. Pela mediana, foi mantida a perspectiva de que o juro básico encerrará 2013 a 10 por cento e 2014 a 11 por cento.

O cenário de inflação alta, perto do teto da meta do governo --de 4,5 por cento pelo IPCA com tolerância de 2 pontos percentuais-- vêm sustentando as expectativas de aperto monetário. Em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou a alta a 0,57 por cento, acumulando em 12 meses 5,78 por cento.

O Focus mostrou que a expectativa dos economistas para a inflação neste ano foi reduzida levemente a 5,82 por cento, ante 5,84 por cento na semana anterior. Para 2014, a projeção é de IPCA a 5,92 por cento, ante 5,91 por cento.

Entretanto a projeção para o dólar neste ano, cuja alta vem alimentando os temores inflacionários, subiu a 2,30 reais, ante 2,27 reais anteriormente.

Por sua vez, a expectativa para o crescimento da economia foi mantida tanto para 2013 quanto para 2014, a 2,50 por cento e 2,10 por cento respectivamente.

Atualizado às 9h38

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