Desempregados fazem fila em agência de empregos em Barcelona, na Espanha (REUTERS/Albert Gea)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2013 às 06h19.
Madri - O número de desempregados na Espanha superou pela primeira vez a marca de seis milhões de pessoas, ao alcançar 27,16% da população ativa no primeiro trimestre do ano, segundo a Enquete de População Ativa (EPA) publicada nesta quinta-feira.
O país agora conta 6.202.700 desempregados, depois de ver esse contingente aumentar em 237.400 pessoas nos três primeiros meses de 2013.
A ocupação diminuiu em 322.300 pessoas entre janeiro e março, pelo que o número de trabalhadores ficou em 16.634.700, representando uma taxa de atividade de 59,68%.
O número de pessoas que perderam seus empregos há mais de um ano subiu para 2.901.100 nesse período, 111.200 mais que no quarto trimestre de 2012.
Segundo a EPA, o número de desempregados cresceu em 563.200 pessoas em um ano, enquanto a ocupação caiu em 798.500.
A população ativa ficou em 22.837.400 pessoas, uma queda de 85 mil com relação ao trimestre precedente e de 224.100 na comparação com um ano antes.
Entre os homens, o desemprego aumentou em 130.400 pessoas no trimestre, para 3.304.700, enquanto entre as mulheres subiu em 107 mil, chegando a 2.898.000.
Entre os estrangeiros, cresceu em 80.500 pessoas, elevando o total de desempregados a 1.302.300 e a taxa de desemprego desse contingente a 39,21%.
Quanto aos menores de 25 anos, o índice ficou em 57,22% no primeiro trimestre do ano, com 960.400 jovens sem trabalho.
O setor de serviços registrou o maior número de pessoas sem trabalho (1.823.900) e também a maior elevação do desemprego, seguido da construção, indústria e agricultura.
O aumento do desemprego é a consequência mais grave da crise econômica vivida pela Espanha desde 2008, com a economia em recessão e fortes medidas de ajuste adotadas pelo Governo para reduzir o déficit público.