Economia

Grécia alerta que sairá da Eurozona sem acordo com credores

No relatório, que tem um tom político, o Banco da Grécia afirma que a conclusão de um acordo entre o país e seus credores é um "imperativo histórico"


	Banco central grego: Há várias semanas as autoridades de Atenas negociam com os credores a aplicação de uma série de reformas econômicas
 (.)

Banco central grego: Há várias semanas as autoridades de Atenas negociam com os credores a aplicação de uma série de reformas econômicas (.)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2015 às 09h31.

O Banco da Grécia advertiu nesta quarta-feira que um fracasso das negociações entre Atenas e os credores para manter o financiamento do país levaria a nação a um "default", a uma saída da zona do euro e, "provavelmente", da União Europeia.

"A incapacidade de chegar a um acordo representaria o início de um caminho doloroso que levaria a uma suspensão do pagamento da dívida da Grécia e depois a uma saída do país da zona do euro e, muito provavelmente, da União Europeia", afirma o Banco Central grego no relatório anual sobre a economia do país, publicado nesta quarta-feira.

No relatório, que tem um tom político, o Banco da Grécia afirma que a conclusão de um acordo entre o país e seus credores (UE, FMI e BCE) é um "imperativo histórico" e considera que "resta pouco caminho a percorrer" para um compromisso.

O BC faz um apelo às partes para que sejam flexíveis e convida o governo grego a reconhecer que a redução das metas de superávit primário aceita pela UE e o FMI dá "o tempo necessário para o ajuste orçamentário e alguns graus de liberdade adicional na condução da política orçamentária".

Ao mesmo tempo, pede aos credores que "reafirmem e formulem em termos mais precisos a vontade" de conceder à Grécia uma redução da dívida pública "como se previu inicialmente em 2012".

Há várias semanas as autoridades de Atenas negociam com os credores a aplicação de uma série de reformas econômicas em troca da liberação de uma nova parcela de empréstimos, vital para o país.

Segundo um analista consultado na terça-feira pela AFP, a Grécia não tem liquidez suficiente para pagar este mês, ao mesmo tempo, salários e pensões e a quantia de 1,5 bilhão de euros que deve ao FMI, com vencimento em 30 de junho.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaEuropaFMIGréciaPiigsUnião Europeia

Mais de Economia

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Lula afirma ter interesse em conversar com China sobre projeto Novas Rotas da Seda

Lula diz que ainda vai decidir nome de sucessor de Campos Neto para o BC

Banco Central aprimora regras de segurança do Pix; veja o que muda

Mais na Exame