Trabalhador manuseia uma solda em uma fábrica na China: crescimento do Sudeste da Ásia deve ser menor do que o esperado, principalmente devido à menor demanda da China (China Daily/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2013 às 22h21.
Manila - O Banco Asiático de Desenvolvimento afirmou na terça-feira (horário local) que reduziu suas previsões de crescimento para a Ásia em desenvolvimento neste ano e no próximo, já que um panorama mais frágil para a China, segunda maior economia do mundo, levará a uma atividade econômica moderada em toda a região.
O banco reduziu sua previsão de crescimento para Ásia em desenvolvimento em 0,3 ponto percentual, para 6,3 por cento em 2013 e para 6,4 por cento em 2014, disse a instituição baseada em Manila em um suplemento de seu relatório Previsão de Desenvolvimento Asiático 2013 lançado pela primeira vez em abril.
A instituição cortou suas estimativas de crescimento para a China em 0,5 ponto percentual, para 7,7 por cento neste ano e 7,5 por cento no próximo, com dados mostrando que o crescimento dos investimentos desacelerou em maio e deve enfraquecer ainda mais com as instituições financeiras cada vez mais avessas ao risco, após a turbulência em seu mercado monetário doméstico interbancário.
"A queda no comércio e a desaceleração dos investimentos fazem parte de uma trajetória de crescimento mais equilibrada para a RPC (República Popular da China), e o efeito colateral de seu ritmo mais lento é definitivamente uma preocupação para a região", disse o economista-chefe do banco, Changyong Rhee, em comunicado.
"Também estamos vendo uma atividade mais moderada em grande parte da Ásia em desenvolvimento", disse ele.
Nesta segunda-feira, a China anunciou que o crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) desacelerou para 7,5 por cento entre abril e junho, o nono trimestre dos últimos 10 em que a expansão enfraqueceu, colocando pressão sobre Pequim para acelerar as reformas.
O banco também reduziu, pela segunda vez neste ano, sua previsão para a Índia, maior economia do sul da Ásia, para 5,8 por cento, em relação à sua estimativa de abril de 6 por cento.
O crescimento do Sudeste da Ásia deve ser menor do que o esperado, principalmente devido à menor demanda da China.
O banco também espera que a recuperação do Japão ganhe velocidade como consequência das novas medidas econômicas do primeiro-ministro, Shinzo Abe, conhecidas como "Abenomics".
O Banco Asiático de Desenvolvimento prevê que a economia japonesa crescerá 1,8 por cento neste ano, alta em relação à estimativa de abril, de 1,2 por cento.