Nos EUA, o desafio de Trump é a reforma tributária
ÀS SETE - Presidente vai até o Capitólio esta semana, onde deve se encontrar com senadores para discutir a nova versão da lei
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2017 às 06h29.
Última atualização em 27 de novembro de 2017 às 07h19.
O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, voltou animado do feriado de Ações de Graças. Ele afirmou no domingo à noite que está de volta a Washington e que há “uma grande semana à frente para a Reforma Tributária e outros assuntos de grande importância para o país”.
Trump vai até o Capitólio esta semana, onde deve se encontrar com senadores para discutir a nova versão da lei que se encontra na casa alta do legislativo.
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Trata-se da terceira visita do presidente ao Congresso, uma tentativa de se aproximar dos legisladores para conseguir maior adesão na aprovação de projetos caros a sua gestão.
Na terça-feira, Trump recebe, na Casa Branca, líderes do Congresso de ambos os partidos.
Há pouco mais de 10 meses no poder, o presidente teve dificuldade em aprovar algumas de suas bandeiras de campanha, como o projeto que iria repelir e substituir o programa de acesso à saúde conhecido como Obamacare — as tentativas do governo invariavelmente acabavam em um impasse entre os senadores republicanos, que não conseguiam chegar a um acordo apesar de serem maioria.
Trump espera que a situação mude com a reforma tributária. Pouco antes do feriado de Ações de Graças, a Câmara dos Deputados havia aprovado uma lei que possibilitaria a Reforma Tributária e a Comissão de Finanças do Senado também deu aval para a continuidade de um projeto próprio do Senado sobre o assunto.
A reforma deve ser conduzida a toque de caixa esta semana como uma tentativa desesperada do partido Republicano de ter pelo menos um grande projeto em mãos até o final do ano. É esperado que uma primeira votação aconteça já na quinta-feira.
Os democratas afirmam que a mudança proposta irá impor alíquotas pesadas sobre a classe média em detrimento de um corte tributário que será muito mais benéfico para os mais ricos do que para os mais pobres, enquanto irá abrir um rombo no orçamento do governo no longo prazo (estima-se que o déficit irá aumentar cerca de 1,5 trilhão de dólares em 10 anos).
Os republicanos têm preocupações semelhantes em termos de orçamento, mas também reclamam dos poucos incentivos que o projeto oferece a pequenos negócios.