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Nobel de economia critica governo grego por acordo

O governo de esquerda da Grécia concordou em aumentar impostos, reformar o sistema de aposentadorias e privatizar bens estatais em troca de um plano de ajuda

Krugman: economista sugeriu que o Syriza encenou um confronto sem que houvesse um plano B (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2015 às 16h25.

O prêmio Nobel da economia, Paul Krugman, que tem apoiado Atenas em meio à crise com seus credores, disse neste domingo que "pode ter superestimado a competência do governo grego".

O governo de esquerda da Grécia concordou em aumentar impostos, reformar o sistema de aposentadorias e privatizar bens estatais em troca de um plano de ajuda de 86 bilhões euros nos próximos três anos.

O acordo draconiano - aceito pelo partido eleito pelas promessas de pôr fim as políticas de austeridade - foi concluído depois de 61% dos eleitores gregos terem rejeitado as propostas dos credores no referendo de 5 de julho, convocado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras.

Krugman sugeriu que o Syriza encenou um confronto sem que houvesse um plano B. "Surpreendentemente, eles pensaram que poderiam pedir termos melhores (no acordo) sem ter qualquer plano alternativo", disse em entrevista à CNN. "Isso certamente é um choque", completou.

O conceituado economista tem insistido que os cinco anos de crise na Grécia mostraram que os drásticos cortes de gastos -a fórmula internacional para a Grécia e outros países endividados da zona do euro- não salvam a economia da recessão, tornando-a ainda mais debilitada.

Após o referendo, o governo grego aceitou condições ainda mais duras imposta pela troika de credores, formada por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.

"Então, eu devo ter superestimado a competência do governo", reconheceu Krugman, que após a convocação do referendo pediu aos gregos que votassem "não" à proposta dos credores.

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O prêmio Nobel da economia, Paul Krugman, que tem apoiado Atenas em meio à crise com seus credores, disse neste domingo que "pode ter superestimado a competência do governo grego".

O governo de esquerda da Grécia concordou em aumentar impostos, reformar o sistema de aposentadorias e privatizar bens estatais em troca de um plano de ajuda de 86 bilhões euros nos próximos três anos.

O acordo draconiano - aceito pelo partido eleito pelas promessas de pôr fim as políticas de austeridade - foi concluído depois de 61% dos eleitores gregos terem rejeitado as propostas dos credores no referendo de 5 de julho, convocado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras.

Krugman sugeriu que o Syriza encenou um confronto sem que houvesse um plano B. "Surpreendentemente, eles pensaram que poderiam pedir termos melhores (no acordo) sem ter qualquer plano alternativo", disse em entrevista à CNN. "Isso certamente é um choque", completou.

O conceituado economista tem insistido que os cinco anos de crise na Grécia mostraram que os drásticos cortes de gastos -a fórmula internacional para a Grécia e outros países endividados da zona do euro- não salvam a economia da recessão, tornando-a ainda mais debilitada.

Após o referendo, o governo grego aceitou condições ainda mais duras imposta pela troika de credores, formada por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.

"Então, eu devo ter superestimado a competência do governo", reconheceu Krugman, que após a convocação do referendo pediu aos gregos que votassem "não" à proposta dos credores.

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