Participação das exportações na produção industrial fica estável, diz CNI
Segundo instituição, os cenários de incerteza no mercado doméstico e internacional contribuíram para cenário
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de setembro de 2018 às 11h32.
Última atualização em 12 de setembro de 2018 às 11h33.
Brasília - A participação das exportações na produção industrial brasileira se manteve estável no primeiro semestre, enquanto as importações continuam em alta. De acordo com estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) , em junho, a indústria exportou 15,7% da produção nos 12 meses encerrados em junho (o chamado coeficiente de exportação), mesmo patamar registrado na última pesquisa, em dezembro de 2017. Já os produtos importados responderam por 17,5% do consumo dos brasileiros, acima dos 17,1% registrados em 2017.
De acordo com a CNI, contribuiu para esse cenário a apreciação do real e os cenários de incerteza no mercado doméstico e internacional.
"A política de juros norte-americana gera pressões sobre as moedas das economias emergentes, com destaque para a Argentina, um importante parceiro comercial do Brasil. No plano interno, incertezas ligadas principalmente ao quadro político contribuem para maior volatilidade cambial", afirma a economista da confederação, Samantha Cunha.
Houve crescimento no coeficiente de insumos industriais importados, que passou de 23,1 pontos para 23,4 pontos, com a indústria importando mais insumos para fazer frente à recuperação do mercado doméstico. Já o coeficiente de exportações líquidas, que mostra a diferença entre as receitas obtidas com as exportações e as despesas com importação de insumo, caiu de 6,5% em 2017 para 6,1% nos 12 meses até junho de 2018.
No acumulado em 12 meses, até junho de 2018, foram registradas quedas no coeficiente de exportações em setores como metalurgia, veículos automotores, farmoquímicos e farmacêuticos e alimentos. Já o coeficiente do setor de máquinas e equipamentos vem registrando crescimento desde 2013, quando passou de 11,6% para 19,1%.
Pelo lado das importações, houve aumento na participação dos importados em setores como equipamentos de transporte (reboques, aviões, navios), vestuário e acessórios, farmoquímicos e farmacêuticos e produtos de metal.