Luis de Guindos, ministro espanhol da Economia: "a Espanha é um país solvente, não haverá resgate" (Lluis Gene/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2012 às 09h10.
Madri - "Não haverá resgate" global da Espanha após a ajuda europeia aos bancos de até 100 bilhões de euros, insistiu seu ministro da Economia, Luis de Guindos, em uma entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal La Vanguardia.
"A Espanha é um país solvente, não haverá resgate", afirmou o ministro, que havia dito na segunda-feira que esperava que o acordo de ajuda europeia seria formalmente assinado na sexta-feira pelos ministros das Finanças da Eurozona.
"Houve um endividamento excessivo do setor bancário e uma bolha imobiliária. Corrigi-lo é extremamente complicado. Um de nossos problemas é que nossa dívida externa líquida é muito alta, cerca de 90% do PIB", explicou.
"As dúvidas nos prejudicam e isso dificulta nosso financiamento" nos mercados, acrescentou, num momento em que o Tesouro espanhol tentará emitir dívida entre 2,5 e 3 bilhões de euros nesta terça-feira.
A Espanha enfrenta há semanas taxas de juros muito elevadas no mercado devido às dúvidas sobre sua capacidade de sair da crise e pelos temores que existem sobre sua possível necessidade de um resgate global do país.
"Mas acredito que a Espanha é um país competitivo. Temos um superávit comercial com a Eurozona, temos um setor turístico muito competitivo", explicou.