A taxa de desemprego em dezembro de 2005 registrou o menor índice desde que foi iniciada a nova série histórica, há quatro anos, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A desocupação ficou em 8,3% da população economicamente ativa (PEA) nas seis principais regiões metropolitanas do país. A renda média dos trabalhadores, de 995,40 reais, cresceu 1,8% em relação a novembro de 2005, e 5,8% frente a dezembro de 2004.

Em dezembro de 2005, havia 1,8 milhão de desocupados nas seis regiões metropolitanas investigadas São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre . Segundo o IBGE, essa foi a primeira vez que o número ficou abaixo dos dois milhões, sendo 13,6% inferior em relação à novembro de 2005 e 12,3% ante dezembro de 2004. As mulheres representaram 54,6% dos desocupados. A faixa etária mais atingida entre os desocupados é a de 25 a 49 anos 47,3%.

O emprego com carteira assinada também apresentou números positivos: alta de 2% frente a novembro de 2005 e de 6% em relação a dezembro de 2004 ou mais 466 000 postos de trabalho formais em 2005. Na comparação mensal, a análise regional aponta alta em São Paulo (2,6%). Já na comparação com dezembro de 2004, Belo Horizonte subiu 12,4%, São Paulo, 5,2%, e Porto Alegre, 12,1%.

Quanto ao crescimento do rendimento médio real na comparação mensal e anual, houve recuperação em todas as cidades no último mês do ano passado, tanto em relação a dezembro de 2004 quanto a novembro do ano anterior (com exceção de Salvador que registrou estabilidade em relação a novembro de 2005). Os trabalhadores por conta própria apresentaram a maior recuperação (3,4%), alcançando 812,50 reais de rendimento médio, em comparação a novembro. Mas são os empregados com carteira que têm o maior rendimento médio: 974,30 reais, recuperação de 0,8% ante novembro. Já em relação a dezembro de 2004, o destaque fica por conta da recuperação de 13,5% do rendimento dos empregados sem carteira, atingindo 686,80 reais.