Movimento dos consumidores nas lojas cresce, diz Serasa
Movimento dos consumidores nas lojas do país aumentou 1,6% em abril na comparação com março
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2014 às 10h32.
São Paulo -O movimento dos consumidores nas lojas do país aumentou 1,6% em abril na comparação com março.
O indicador da Serasa Experian que mede a atividade do comércio mostra que na comparação com abril de 2013, a alta é 5,4%.
No acumulado do ano, o índice registra avanço de 3,8% ante os quatro primeiros meses de 2013.
Apesar do crescimento na atividade varejista, os economistas da Serasa avaliam que o movimento no comércio permanece contido “pela aceleração da inflação, pela diminuição do grau de confiança dos consumidores e pelo processo de aperto monetário (elevação das taxas de juros), impondo custos de crediário cada vez mais elevados”.
Todos os segmentos do varejo ampliaram as atividades no último mês.
O destaque foram as lojas de material de construção, com alta de 13,5%. No mês passado, o setor havia recuado 11%.
Em seguida, está o segmento de veículos, motos e peças (9,3%).
O feriado de Páscoa influenciou a alta de 3,4% no setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas.
As taxas mais modestas foram registradas nos segmentos de móveis, eletroeletrônicos e informática (2,2%) e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (1,9%).
O menor avanço ficou com o segmento de combustíveis e lubrificantes, com expansão de 1,4% em abril.
No acumulado do ano, no entanto, o setor de combustíveis e lubrificantes apresenta o melhor desempenho, com crescimento de 4,3%, seguido pelo segmento de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (4,2%) e de material de construção (3,7%).
O comércio varejista de veículos, motos e peças e de móveis, eletroeletrônicos e informática registraram avanço tímido, com alta de 0,7% e 0,3%, respectivamente.
Apenas o setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios apresentou retração no primeiro quadrimestre do ano.
Houve queda de 2,9% ante o mesmo período do ano passado.
- 1. Lojas Cem é a mais bem-avaliada
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São Paulo - A Lojas Cem é a varejista de eletrodomésticos e eletrônicos mais bem-avaliada pelos consumidores brasileiros, segundo uma pesquisa da consultoria CVA Solutions obtida por EXAME.com. O levantamento incluiu 5.121 entrevistas a consumidores, que avaliaram as 34 principais varejistas brasileiras em 16 quesitos. Com presença tímida ou nula em capitais, a Lojas Cem está concentrada em cidades do interior de quatro estados: SP, RJ, MG e PR. Em suas 183 lojas, a empresa adota um visual direcionado a atrair a classe média e agrada tanto em custos quanto em benefícios. Os clientes concederam à Lojas Cem notas acima da média em promoções, preços, facilidades de pagamento, custos do frete, reputação, atendimento após a venda (devoluções, por exemplo), cortesia e preparo do vendedor, ambiente agradável, variedade de produtos, tempo na fila, proximidade da loja e horários convenientes. “A empresa só não se destaca em facilidade para o estacionamento”, diz Sandro Cimatti, sócio da CVA Solutions.
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De acordo com a pesquisa da CVA Solutions, o segundo varejista de eletrônicos mais bem-avaliado pelos consumidores é o Angeloni. Com 46 pontos de venda e bastante concentrada em Santa Catarina, a rede é mais voltada para a venda de alimentos e medicamentos, mas consegue atrair também o consumidor que está atrás de novos eletrodomésticos. “O Angeloni aproveita muito bem o fato de o grupo Pão de Açúcar e o Carrefour não serem fortes na região Sul”, diz Sandro Cimatti, da CVA Solutions. A empresa se destacou em todos os quesitos da pesquisa com exceção de um: o preço dos produtos, onde está apenas na média. Já as notas atribuídas à qualidade dos serviços podem ser consideradas excepcionais.
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Terceira colocada no ranking da CVA Solutions, a Fast Shop se destaca pela experiência de compra oferecida aos consumidores. A empresa é no Brasil o que há de mais próximo de uma Apple Store. As lojas possuem vendedores que entendem dos produtos que estão à venda e são capazes de explicar os pontos fortes e fracos de cada um. No próprio local, os consumidores também podem testar a qualidade de um home theater ou de um computador antes de comprá-lo. Não é à toa que a Fast Shop foi escolhida pela Apple para abrir uma das únicas revendas oficiais da marca no Brasil. Voltada ao consumidor de alta renda, a empresa procura abrir lojas nos melhores shoppings e pontos de venda das grandes capitais. Os preços à vista são competitivos, mas não há muitas facilidades para compras a prazo. “Muita gente vai a uma loja Fast Shop apenas para experimentar os produtos e definir qual é a melhor a compra”, diz Cimatti, da CVA. “Escolha feita, o consumidor volta para casa, pesquisa na internet quem tem o melhor preço e só então faz a encomenda.”
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Fundada há mais de cem anos, a Pernambucanas sempre foi mais conhecida pelo consumidor brasileiro pela venda de peças de cama, mesa e banho ou vestuário. Mais recentemente, entretanto, a empresa conseguiu se firmar no comércio de eletrônicos e apareceu em quarto lugar entre as mais bem-avaliadas pelos consumidores. A empresa atrai os brasileiros principalmente com promoções e facilidades no parcelamento do pagamento. Também tem notas acima da média em custo de frete, reputação, atendimento, ambiente da loja, proximidade e preparo do vendedor. Já os pontos fracos da Pernambucanas seriam a baixa variedade de produtos, a demora nas filas e a dificuldade para estacionamento. “Como eletroeletrônicos não são o principal negócio da Pernambucanas, a oferta e a disponibilidade de produtos acaba sendo reduzida”, diz Cimatti, da CVA. “Mas eles aproveitam muito bem o espaço destinado a esse segmento, tanto que aparecem entre as melhores do ranking.” Apesar do nome, a Pernambucanas tem seus negócios concentrados nas regiões Sul e Sudeste – e não no estado nordestino, onde foi fundada.
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Maior rede de eletrodomésticos e eletrônicos entre as mais bem-avaliadas da pesquisa, o Ponto Frio, do Grupo Pão de Açúcar, se destacou mais pelos benefícios das lojas do que pelos preços cobrados. Assim como a Fast Shop, o Ponto Frio busca atrair clientes das classes A e B que gostam de produtos de qualidade. A empresa não oferece promoções nem condições de parcelamento tão agressivas quanto as de concorrentes mais voltados para a classe C. A rede tirou notas acima da média em preparo e cortesia dos vendedores, atendimento no pós-venda e filas pequenas. Já a queixa mais recorrente foi para estacionar nas lojas. O Ponto Frio possui mais de 400 pontos de venda, localizados principalmente nas regiões no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
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