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Moreira Franco critica transparência na divulgação de preços da Petrobras

Ministro criticou a estratégia da empresa de divulgar a média aritmética dos valores praticados em suas refinarias, mascarando o preço real dos combustíveis

Moreira Franco: "Você não encontra em nenhuma refinaria aquele preço que eles anunciam. Se é média aritmética, não é preço real", disse ministro (Michael Nagle/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de novembro de 2018 às 14h32.

Rio - O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco , disse nesta segunda-feira, 12, que a Petrobras precisa dar mais transparência aos preços de combustível. Ele criticou a estratégia da empresa de divulgar a média aritmética dos valores praticados em suas várias refinarias, o que mascara o preço real dos combustíveis nesta etapa da cadeia. Segundo ele, mesmo como acionista majoritário da companhia, a União não pode atuar diretamente para buscar essa transparência.

"A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) impede e pune quando o majoritário usa abusivamente seu direito", disse o ministro, que assentiu sobre a possibilidade de os conselheiros indicados pelo governo levarem esse questionamento à empresa. "Essa é uma discussão que não é só nossa, que está na rua o tempo todo. Evidentemente que esse questionamento foi elevado", garantiu.

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O ministro defendeu que a esfera para discussão desse tema é a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). "A ANP já verificou que o preço divulgado é uma média aritmética. Isso não existe. Você não encontra em nenhuma refinaria aquele preço que eles anunciam. Se é média aritmética, não é preço real. E o que nós pagamos é preço real. O que nós precisamos é dar mais transparência. As pessoas precisam saber quanto pagam", declarou.

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